Quantos clubes no Brasil tem um campo de futebol no mesmo local há 113 anos? É bem possível que apenas um: o Fluminense. Considera-se a inauguração do Estádio das Laranjeiras, atualmente Estádio Manoel Schwartz, como tendo ocorrido em 1919, quando foram construídas arquibancadas ao redor de todo o gramado, mas o campo do Fluminense sempre foi naquele local. Desde o primeiro jogo “em casa”, em 1904. Trata-se de um estádio com inestimável valor histórico, onde o futebol brasileiro deu seus primeiros passos e onde a Seleção Brasileira fez sua primeira partida.
CRONOLOGIA DO ESTÁDIO:
Ainda em 1902, ano da fundação do clube, o Fluminense alugou ao Banco da República o terreno para construir seu campo de futebol. O terreno ficava na Rua Guanabara, que viraria Rua Pinheiro Machado em 1915. Em razão disso, por muitos anos o campo do Fluminense ficou popularmente conhecido como campo da Rua Guanabara.
Em 1903 foi realizado o nivelamento do terreno. Para cortar a grama o clube importou da Inglaterra máquinas de tração animal. As máquinas eram puxadas pelo célebre burro Faísca, que usava luvas nas patas para não danificar o gramado.
Em 14 de Agosto de 1904 o campo foi finalmente inaugurado. 996 pessoas pagaram ingresso para ver o jogo entre Fluminense e Paulistano. Os paulistas levaram a melhor, vencendo por 3×0.
Em 1905 foi construída a primeira arquibancada, na lateral do campo onde hoje se encontra a social. Além disso, a humilde casinha que ficava atrás de um dos gols e servia como sede do clube foi demolida e em seu lugar foi construída uma mais ampla.
Entre 1905 e 1915 nossa casa era assim: em uma das laterais do campo havia uma pequena arquibancada que sequer ocupava toda a sua extensão. No restante do gramado havia apenas uma cerca, atrás da qual o público assistia aos jogos de pé. Ainda assim era o principal campo da Capital Federal. E não por acaso, foi aí que a Seleção Brasileira fez seu primeiro jogo. No dia 21 de Julho de 1914, aniversário do clube, a Seleção enfrentou os profissionais do Exeter City, da Inglaterra. Oswaldo Gomes do Fluminense abriu o marcador para os brasileiros, eternizando-se como o primeiro goleador da Seleção, e Osman, do América, deu números finais ao placar: 2×0.
O interesse pelo futebol era cada vez maior e em 1915 o Fluminense ampliou suas dependências. A arquibancada lateral foi ampliada em 24 metros, tomando quase toda a extensão do campo, e gerais de madeira foram construídas na lateral oposta e atrás dos gols. O campo passou a ter a capacidade de 5.000 espectadores. A casa/sede atrás do gol foi novamente substituída por uma mais moderna.
Em 1917 o Brasil foi escolhido pela Confederação Sul-Americana de Futebol como sede do terceiro Campeonato Sul-Americano de Seleções (atual Copa América) que seria disputado no ano seguinte. Sem ter a estrutura necessária nem capacidade para erguê-la, a CBD pede ajuda ao Fluminense. Tendo a frente a extraordinária figura de seu presidente Arnaldo Guinle o Fluminense aceita o desafio e em 1918 inicia a construção do estádio.
O Campeonato Sul-Americano de 1918 acabou sendo adiado para 1919 devido à pandemia de gripe espanhola que assolou o mundo naquele ano matando milhões de pessoas. Em meio a tudo isso o Fluminense tinha um campeonato para jogar. Campeão em 1917 e lutando portanto pelo bicampeonato o Tricolor ficou sem seu campo logo nas primeiras rodadas, devido as obras de construção do estádio. Sem casa, jogando nos campos do Botafogo e do Flamengo, o Fluminense se deu ao luxo de conquistar o título com uma rodada de antecedência. Com medo da gripe, abriu mão do último jogo, perdendo por WO para o modesto Carioca, fato raríssimo na história do clube que só se repetiria em 1986.
Em 1919 a aventura de construir o primeiro estádio do país com arquibancadas ao redor de todo o campo estava completa. Sem um único centavo de financiamento público, levantando fundos apenas através de empréstimos bancários contraídos por Arnaldo Guinle e de um livro de ouro que correu entre os sócios. Curiosamente a belíssima arquibancada usada entre 1905 e 1917 foi desmontada e vendida ao Sport Recife, sendo usada por aquele clube por mais alguns anos.
A inauguração do estádio das Laranjeiras aconteceu no dia 11 de Maio de 1919. Abrindo o Campeonato Sul-Americano a Seleção Brasileira goleou a chilena por 6×0. Todos os jogos da competição foram nas Laranjeiras. Um estrondoso sucesso, levando o futebol a um nível de popularidade inimaginável até então. Com três atletas do Fluminense, Marcos, Fortes e Laís, o Brasil conquistou a América pela primeira vez.
Ainda em 1919, mais precisamente no dia 21 de Dezembro, o Fluminense levantaria o tricampeonato vencendo o Flamengo nas Laranjeiras por 4×0. Um jogo histórico que atraiu uma multidão impressionante para os padrões da época ao estádio do Flu.
Em 18 de Novembro de 1920 foi inaugurada a majestosa sede social do clube, colada nas arquibancadas sociais.
Para o ano de 1922 estavam previstos dois novos eventos esportivos de grande importância. Para celebrar o centenário da Independência do Brasil seriam realizados os Jogos Olímpicos Latino-Americanos. Além disso o país sediaria uma nova edição do Campeonato Sul-Americano de Futebol. O governo brasileiro e a CBD mais uma vez tiveram que recorrer ao Fluminense, a maior organização desportiva do país. O estádio construído em 1919 seria pequeno para as competições que estavam por vir e seria necessário ampliá-lo.
A arquibancada construída apenas três anos antes foi então demolida. Somente a social foi mantida e ampliada para as laterais, passando a ocupar toda a extensão do campo. Uma nova arquibancada, de dois andares, foi erguida no lugar da antiga, fechando o anel em torno do campo.
Os eventos esportivos foram mais uma vez realizados com grande sucesso. Por coincidência a inauguração do novo estádio ocorreu novamente em um confronto entre Brasil e Chile abrindo o Sul-Americano. O resultado foi um empate por 1×1. Desta vez contando com cinco jogadores do Fluminense no elenco (os mesmos Marcos, Fortes e Laís de 1919, e mais Chico Netto e Zezé) o Brasil conquistou o Sul-Americano pela segunda vez.
O Fluminense recebeu amplo reconhecimento do Comitê Olímpico Internacional pelos serviços prestados ao esporte na organização dos Jogos Latino-Americanos.
Em 1928 foram inaugurados os refletores do estádio. A primeira partida noturna ocorreu no dia 21 de Junho. Um amistoso entre a Seleção Carioca e o Motherwell, da Escócia, que terminou empatado em 1×1. Mais ou menos nessa época o estádio recebeu a visita de importantes clubes europeus como Chelsea, Sporting e Ferencvaros, em suas excursões pela América do Sul.
Nas décadas seguintes o Estádio das Laranjeiras continuou sendo o palco principal dos jogos do Fluminense, mas com a inauguração do Maracanã, em 1950, passou a ser utilizado apenas para os jogos de menor porte.
Em 1961, após longa negociação com o Governo do Estado da Guanabara, a área onde se localizavam as arquibancadas atrás do gol da Rua Pinheiro Machado foi desapropriada para que a rua fosse alargada. O estádio sofreu uma significativa mutilação perdendo sua fachada, suas bilheterias originais e as arquibancadas que formavam um anel completo passaram a ter o formato de ferradura. Pela desapropriação o Fluminense recebeu uma indenização de 50 milhões de cruzeiros e mais o terreno na esquina das ruas Pinheiro Machado e Álvaro Chaves, onde hoje se encontra o parquinho do clube. Para se ter uma ordem de grandeza, naquele mesmo ano o clube vendeu o centroavante Waldo para o Valencia da Espanha por cerca de 20 milhões. No dia 21 de Dezembro de 1961 a demolição foi iniciada.
Um jogo trágico contra o Olaria na noite de 22 de Julho de 1970 marcou o fim de mais uma era para o estádio. Em campo o Fluminense foi derrotado por 1×0, perdendo pontos preciosos para a disputa do título carioca daquele ano (O Vasco foi campeão um ponto à frente do Flu). Fora de campo o ex-diretor de futebol José Herculano sofreu um enfarto durante o segundo tempo, quando o Fluminense pressionava em busca do empate, e veio a falecer. Após este jogo o clube ficou longos anos sem utilizar o estádio para jogos oficiais. Em um período de quase 16 anos até ele voltar a ser utilizado regularmente em 1986, apenas um inexpressivo amistoso contra a Seleção do Kuwait foi realizado em 1980 (vitória tricolor por 3×0).
No dia 2 de Fevereiro de 1986 o estádio foi reaberto com um amistoso festivo entre Fluminense e São Paulo. Um tira-teima entre os campeões carioca e paulista do ano anterior cujo resultado foi um empate por 2×2. Abria-se uma nova fase para o estádio, que voltou a ser usado com frequência, em alguns momentos até mais que o Maracanã.
Entre 1986 e 2003, quando foi utilizado pela última vez, o Fluminense realizou 196 jogos no Estádio das Laranjeiras, vencendo 117, empatando 51 e perdendo 28. O artilheiro Ézio foi provavelmente a figura mais marcante desta fase do estádio com 44 gols marcados.
No dia 20 de Julho de 2014 foi realizado um jogo festivo entre uma equipe sub-23 do Fluminense e o Exeter City, para celebrar o centenário do primeiro jogo da Seleção Brasileira.
Atualmente o estádio das Laranjeiras é utilizado basicamente para jogos de divisões de base e de futebol americano.
TÍTULOS CONQUISTADOS PELO FLUMINENSE NAS LARANJEIRAS
Foram 18 os títulos conquistados pelo Fluminense sendo decididos nas Laranjeiras. Abaixo a relação dos jogos decisivos.
27/10/1907 | Fluminense 2 x 0 Paysandu | Campeonato Carioca |
04/10/1908 | Fluminense 6 x 1 Paysandu | Campeonato Carioca |
10/09/1911 | Fluminense 5 x 0 Rio Cricket | Campeonato Carioca |
16/04/1916 | Fluminense 1 x 0 América | Torneio Início |
21/12/1919 | Fluminense 4 x 0 Flamengo | Campeonato Carioca |
27/04/1924 | Fluminense 1 x 0 Flamengo | Torneio Início |
12/10/1924 | Fluminense 7 x 0 Brasil | Campeonato Carioca |
19/04/1925 | Fluminense 1 x 0 São Cristóvão | Torneio Início |
24/04/1927 | Fluminense 2 x 0 São Cristóvão | Torneio Início |
14/07/1935 | Fluminense 3 x 1 América | Torneio Aberto |
27/12/1936 | Fluminense 1 x 1 Flamengo | Campeonato Carioca |
06/08/1938 | Fluminense 6 x 0 Bonsucesso | Torneio Municipal |
30/12/1938 | Fluminense 2 x 2 América | Campeonato Carioca |
14/04/1940 | Fluminense 0 x 0 São Cristóvão(*) | Torneio Início |
28/03/1943 | Fluminense 4 x 1 Madureira | Torneio Início |
09/07/1952 | Fluminense 3 x 2 Cruzeiro | Torneio José de Paula Júnior |
29/09/1991 | Fluminense 0 x 0 América | Taça Guanabara |
10/04/1993 | Fluminense 1 x 0 Volta Redonda | Taça Guanabara |
(*) O Fluminense venceu no desempate por número de escanteios.
ESTATÍSTICAS, RECORDES E CURIOSIDADES
Todos os jogos do Fluminense em Laranjeiras:
Jogadores que mais atuaram pelo Fluminense nas Laranjeiras:
1. Brant – 119 (1933-1941)
2. Ivan Mariz – 115 (1928-1939)
2. Batatais – 115 (1935-1946)
4. Fortes – 107 (1917-1930)
4. Russo – 107 (1933-1944)
6. Oswaldo Gomes – 97 (1906-1921)
7. Preguinho – 92 (1925-1938)
7. Castilho – 92 (1947-1965)
9. Alfredinho – 87 (1926-1932, 1937)
10. Romeu Pellicciari – 84 (1935-1942)
10. Machado – 84 (1935-1942)
Maiores artilheiros do Fluminense nas Laranjeiras:
1. Preguinho(*) – 78 (1925-1938)
2. Russo – 74 (1933-1944)
3. Welfare – 71 (1913-1924)
4. Hércules – 60 (1935-1942)
5. Orlando Pingo de Ouro – 49 (1945-1953)
6. Alfredinho – 47 (1926-1932, 1937)
7. Edwin Cox – 44 (1903-1910)
7. Ézio – 44 (1991-1995)
9. Romeu Pellicciari – 42 (1935-1942)
10. Emile Etchegaray – 40 (1903-1910)
(*) Somando os gols marcados pela Seleção Brasileira e pela Seleção Carioca aos 78 marcados pelo Fluminense, é provável que Preguinho tenha algo em torno de 100 gols no estádio.
Maior invencibilidade do Fluminense nas Laranjeiras:
30 jogos, entre Agosto de 1949 e Julho de 1953
Primeiro jogo:
14/08/1904 – Fluminense 0 x 3 Paulistano-SP (Amistoso)
Inauguração do estádio construído em 1919:
11/05/1919 – Brasil 6 x 0 Chile (Campeonato Sul-Americano)
Primeiro jogo do Fluminense no estádio:
13/07/1919 – Fluminense 4 x 1 Vila Isabel (Campeonato Carioca)
Inauguração do estádio ampliado em 1922:
17/09/1922 – Brasil 1 x 1 Chile (Campeonato Sul-Americano)
Primeiro jogo do Fluminense no estádio:
06/05/1923 – Fluminense 3 x 5 Botafogo (Campeonato Carioca)
Último jogo:
26/02/2003 – Fluminense 3 x 3 Americano (Campeonato Carioca)
Maiores goleadas do Fluminense (10 gols ou mais):
09/09/1906 – Fluminense 11 x 0 Football & Athletic (Campeonato Carioca)
05/07/1908 – Fluminense 11 x 0 Riachuelo (Campeonato Carioca)
09/12/1917 – Fluminense 11 x 1 Bangu (Campeonato Carioca)
23/05/1937 – Fluminense 11 x 1 Oceano F.C. (Torneio Aberto)
21/09/1946 – Fluminense 11 x 1 Bangu (Campeonato Carioca)
23/07/1905 – Fluminense 10 x 0 Football & Athletic (Amistoso)
13/06/1909 – Fluminense 10 x 0 Haddock Lobo (Campeonato Carioca)
27/09/1936 – Fluminense 10 x 0 Portuguesa (Campeonato Carioca)
03/05/1908 – Fluminense 10 x 1 Paysandu (Campeonato Carioca)
17/08/1913 – Fluminense 10 x 2 Mangueira (Campeonato Carioca)
Recorde de público:
Era mais ou menos comum na primeira metade do século passado os jornais citarem públicos arrendondados e estimados nas matérias sobre os jogos. Há menções a públicos de até 30.000 pessoas no Estádio das Laranjeiras. Porém o maior público oficialmente registrado no estádio que se tem notícia foi o do Fla-Flu do dia 14 de Junho de 1925, pelo primeiro turno do Campeonato Carioca. Naquele dia 25.748 pessoas pagaram ingresso para ver o Fluminense derrotar seu rival por 3×1 com gols de Fortes, Coelho e Nilo.
Nessa época, além do estádio ainda ter o anel completo de arquibancadas, nos grandes jogos torcedores também eram acomodados dentro do gramado, separados do campo apenas por uma cerca. Dessa forma era possível chegar a públicos de 25 mil pessoas ou mais.
SELEÇÃO BRASILEIRA
Além de sediar o primeiro jogo da Seleção Brasileira, em 1914, o estádio do Fluminense foi palco dos títulos Sul-Americanos de 1919 e 1922, e da Copa Rio Branco de 1931. Em 17 jogos realizados nas Laranjeiras o Brasil nunca perdeu. Foram 12 vitórias e 5 empates.
Crédito de imagens: Fluminense Football Club, exceto quando especificado
Fantástica matéria. Que você, maior conhecedor da história de nosso clube, possa também ter condições de editar livros e mais livros sobre o Fluminense. Você não pode morrer e levar todo esse conhecimento. O Blog já eterniza mas o clube faz tantos livros bonitos.
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Valterson, o importante é a história ser contada, não importa como. Da mesma forma como você também faz isso brilhantemente no site Ídolos Tricolores.
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Espetacular! O Fluminense se perpetua através da divulgação e exaltação de sua história e conquistas! Sorte termos um abnegado pesquisador apaixonado como vc, amigo! Parabéns não só por esse como por outros belos trabalhos sobre nossa amada instituição. Todos nós, verdadeiros tricolores, o agradecemos!
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Obrigado pelas palavras, meu amigo.
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Parabéns Bolt, sempre mostrando nossa História…grande abs.
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Obrigado, abraço.
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Cara, que maneiro! Muito obrigado
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Valeu, João.
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Tão boa leitura… Um acalento em nossos corações sofridos. O jeito é voltar no passado e “relembrar” nossos tempos de gloria, tempos que tínhamos verdadeiros e fervorosos tricolores no comando desta instituição maravilhosa que é o no nosso clube! Quero estar presente e ter o prazer e felicidade de ver nossos dias de gloria de volta! Se Deus quiser!
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Muito bacana a materia. Parabens. Isso e mkt p o clube.
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Absolutamente, absolutamente.
Mais uma aula e genial visita ao passado, às nossas raízes o que é sempre saudável nesses momentos difíceis que atravessamos.
Interessante as fotografias que constatam a alterações físicas por que passamos, nos adequando aos novos tempos, às nossas custas para atender ao futebol brasileiro, até a mutilação inexplicável e imperdoável do inicio doa anos 60.
Obrigado Bolt.
Fica uma perplexidade, quanto as inúmeras atividades, que ali se desenrolavam; atletismo, futebol, jogos da juventude, chegada do Papai Noel, etc.
Achei interessante em uma das fotos aéreas, aparece a lateral do estádio, limite com o palácio em que se vê uma faixa livre, talvez uma rua sem saida, e que ao que perece foi anexada ao palácio. Como terá ocorrido isso? Aparentemente, há uma mordida no estádio, em relação ao que se tem hoje. Enfim…..
Parabens e SD
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Era a continuação da Rua Coelho Neto, que na época se chamava Rua do Roso e ia até o pé do morro, separando o Fluminense e o Palácio Guanabara.
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