Pinheiro

Todos os pênaltis do Fluminense (V 2.0)

Em 2017, influenciado pela incrível eficiência do então centroavante tricolor Henrique Dourado, fiz um levantamento com todos os pênaltis da história do clube que pude encontrar para verificar se o “ceifador” era de fato o melhor cobrador de todos. Já se passaram quase três anos, muitos outros pênaltis foram cobrados e correções pontuais se fazem necessárias. Sendo assim, resolvi fazer uma atualização do post. O original foi apagado para não causar confusão.

Conforme expliquei no post original e reitero aqui, o título do post é uma licença poética. É impossível alguém afirmar que tem registro de todos os pênaltis cobrados pelo Fluminense ao longo dos seus 118 anos de história. Mas dá pra estimar que esse levantamento representa pelo menos 95%.

Até a data da publicação deste post (27/7/2020), entre pênaltis batidos no decorrer do jogo e em disputas de pênalti o Fluminense executou 1.300 cobranças, sendo 964 convertidas e 336 perdidas. Um aproveitamento de 74,15%, que não chega a impressionar. arredondando, três gols a cada quatro pênaltis batidos. Foram 307 cobradores diferentes.

penaltis-1

Quem é o melhor batedor de todos? São muitos os jogadores com 100% de aproveitamento pelo Fluminense. Mas a grande maioria deles tem apenas uma cobrança. Muitos tem duas. Ou seja, uma amostragem que não é representativa. Se elegermos o melhor batedor aquele que tiver o maior número de cobranças dentre os que nunca perderam um pênalti, Henrique Dourado de fato é o melhor. O jogador cobrou 11 vezes e converteu todas. Nenê, com 100% em seis cobranças, já figura entre os melhores nesse critério. Veja a tabela abaixo.

Cobrados Convertidos Perdidos Aproveitamento
Henrique Dourado (2016-18) 11 11 0 100,00%
Maurinho (1959-63) 8 8 0 100,00%
Quincas (1951-56) 7 7 0 100,00%
Rinaldo (1967) 7 7 0 100,00%
Nenê (2019-20) 6 6 0 100,00%
Pedro (2016-19) 6 6 0 100,00%
Rangel (1986-91) 6 6 0 100,00%
Edmundo (2004) 5 5 0 100,00%

E quem cobrou mais pênaltis? Pinheiro, histórico zagueiro sempre lembrado pelos tricolores mais antigos quando se fala de pênaltis, é o recordista com incríveis 49 cobranças. 12 delas aconteceram em um mesmo dia: 15 de Julho de 1956, data em que foi disputado o Torneio Início. Na época os jogos desta competição tinham apenas 20 minutos de duração e eram desempatados em séries de três pênaltis cobrados pelo mesmo jogador. Três jogos foram decididos dessa forma em favor do Fluminense. Em um deles, contra o Bangu, foram necessárias duas séries de três pênaltis. Pinheiro teve então que cobrar 12 pênaltis para levar o Fluminense ao título, desperdiçando apenas um. É provável que tenha nascido aí a lenda em torno de seu nome e os pênaltis.

O ídolo Fred, que recentemente retornou ao clube, aparece logo a seguir com 47 cobranças. Veja abaixo todos que cobraram mais de 20 pênaltis.

Cobrados Convertidos Perdidos Aproveitamento
Pinheiro (1949-63) 49 41 8 83,67%
Fred (2009-20) 47 36 11 76,60%
Leomir (1983-88) 36 27 9 75,00%
Ézio (1991-95) 30 26 4 86,67%
Zezé (1977-81) 25 20 5 80,00%
Rodrigues (1945-50) 25 18 7 72,00%
Hércules (1935-42) 24 21 3 87,50%
Lula (1965-74) 23 19 4 82,61%
Orlando “Pingo de Ouro” (1945-53) 23 16 7 69,57%
Carlos Alberto Torres (1962-76) 22 18 4 81,82%
Gílson Nunes (1964-70) 22 18 4 81,82%
Roger (1996-04) 21 14 7 66,67%

Para estabelecer um ranking dos 10 maiores cobradores da história do clube vamos levar em conta os dois fatores: bom aproveitamento e um número significativo de cobranças. Excluindo-se aqueles que bateram menos de 10 pênaltis, os 10 jogadores com melhor aproveitamento e portanto (discutivelmente, é claro) os maiores cobradores da história do Fluminense são:

Cobrados Convertidos Perdidos Aproveitamento
1. Henrique Dourado (2016-18) 11 11 0 100,00%
2. Gabriel (2005-08) 17 16 1 94,12%
3. Paulo Roberto (1996-97) 12 11 1 91,67%
4. Joel (1948-54) 10 9 1 90,00%
5. Marinho Chagas (1977-78) 19 17 2 89,47%
6. Zezé (1915-28) 17 15 2 88,24%
7. Hércules (1935-42) 24 21 3 87,50%
8. Ézio (1991-95) 30 26 4 86,67%
9. Pinheiro (1949-63) 49 41 8 83,67%
10. Flávio (1969-71) 12 10 2 83,33%

Curiosidades:

– Quatro goleiros cobraram pênalti pelo Fluminense. O inglês Waterman bateu e marcou na vitória de 11×0 sobre o Riachuelo pelo Campeonato Carioca de 1908. Outro que converteu foi Kléber, na disputa de pênaltis contra o Treze de Campina Grande pelas quartas de final da Copa do Brasil de 2005. Já Ricardo Pinto e Diego Cavalieri perderam suas cobranças em disputas de pênaltis nas quais o Fluminense foi derrotado. O primeiro contra o Vasco no Campeonato Brasileiro de 1988 e o segundo contra o Botafogo nas semifinais do Carioca de 2015.

– Didi, um dos maiores craques de todos os tempos, foi o único jogador que perdeu dois pênaltis durante uma mesma partida. Aconteceu no dia 29 de Outubro de 1950, no empate contra o Madureira por 3×3 nas Laranjeiras, pelo Campeonato Carioca.

– Na versão anterior deste levantamento eu considerava que o lateral direito Paulo Roberto, que jogou pelo Fluminense nos terríveis anos de 1996 e 97, se igualava a Henrique Dourado com 100% de aproveitamento em 11 cobranças. No entanto encontrei mais uma, no jogo contra o Bangu do dia 27 de Abril de 1997. Tinha passado batido pois o jogador fez o gol no rebote. Mas o pênalti foi de fato perdido.

– O Torneio Início era o paraíso dos cobradores de pênalti. As partidas curtas na maior parte das vezes terminava empatada. Em algumas edições o desempate era feito pelo número de escanteios. Em outras, por disputa de pênaltis. Nesses casos, era pênalti que não acabava mais. Na edição de 1954 o veterano ponta Esquerdinha, craque do América nos anos 40, bateu 5 pênaltis na semifinal contra o Vasco, convertendo todos. Com bola rolando fez o gol do título na final contra o Flamengo, saindo como o herói da conquista. Na edição de 1960 Maurinho bateu todos os 8 pênaltis de sua passagem pelo Fluminense, também com 100% de acerto. O Flu foi vice-campeão. Já em 1965 o rei dos pênaltis foi Gílson Nunes. O ponta esquerda bateu e converteu nove pênaltis no caminho para a final. Na decisão contra o Flamengo foi substituído por Lula que cobrou os pênaltis e deu o título ao Fluminense.

Abaixo a relação de todos os 307 cobradores e seus respectivos números:

Cobrados Convertidos Perdidos Aproveitamento
Agnaldo (2000-02) 7 6 1 85,71%
Agnaldo Liz (2000-01) 1 1 0 100,00%
Airton (2018-19) 1 1 0 100,00%
Alan (2002-06) 1 1 0 100,00%
Alan (2008-10) 1 0 1 0,00%
Alessandro (2004) 1 1 0 100,00%
Alex (2001-07) 1 1 0 100,00%
Alex Oliveira (2003) 1 0 1 0,00%
Alexandre Cruz (1988-89) 2 1 1 50,00%
Alexandre Torres (1984-91) 6 5 1 83,33%
Alfredinho (1926-37) 1 0 1 0,00%
Almir (1979-81) 1 1 0 100,00%
Amauri (1982-83) 3 2 1 66,67%
Amoroso (1964-68) 10 6 4 60,00%
Anderson (1992) 2 2 0 100,00%
Anderson (2012-13) 1 1 0 100,00%
Andrei (1993-2002) 1 0 1 0,00%
Anito (1942-43) 1 1 0 100,00%
Antoninho (1957) 6 4 2 66,67%
Antônio Carlos (2003-15) 1 1 0 100,00%
Araújo (2011-12) 1 0 1 0,00%
Arouca (2004-08) 2 1 1 50,00%
Arturzinho (1976-79) 1 0 1 0,00%
Asprilla (2000-01) 1 0 1 0,00%
Assis (1968-75) 1 1 0 100,00%
Assis (1983-87) 1 0 1 0,00%
Bacchi (1919-22) 1 0 1 0,00%
Baptista (1913-18) 1 0 1 0,00%
Barata (1996-97) 1 1 0 100,00%
Bartholomeu (1912-16) 6 3 3 50,00%
Baztarrica (1944-45) 1 0 1 0,00%
Benedicto (1933) 1 1 0 100,00%
Beto (2005-06) 1 0 1 0,00%
Bobô (1991-92) 4 3 1 75,00%
Branco (1983-98) 4 3 1 75,00%
Brant (1933-41) 8 4 4 50,00%
Bruno Reis (1996-2000) 1 0 1 0,00%
Buchan (1905-09) 1 1 0 100,00%
Cacau (1988-89) 1 0 1 0,00%
Cafuringa (1967-77) 4 3 1 75,00%
Caio Henrique (2019) 1 1 0 100,00%
Calazans (1961-64) 1 1 0 100,00%
Careca (1946-48) 6 5 1 83,33%
Carlinhos (1973-79) 2 1 1 50,00%
Carlinhos (2007-08) 1 0 1 0,00%
Carlinhos (2010-14) 1 1 0 100,00%
Carlinhos Itaberá (1991-92) 4 3 1 75,00%
Carlos Alberto (1914-15) 1 1 0 100,00%
Carlos Alberto (2002-07) 9 7 2 77,78%
Carlos Alberto Torres (1962-76) 22 18 4 81,82%
Cássio (2009-10) 1 1 0 100,00%
César (2000-03) 1 0 1 0,00%
Chico Netto (1915-24) 12 9 3 75,00%
Chiquinho (1993) 1 1 0 100,00%
Cícero (2007-16) 8 5 3 62,50%
Cláudio (1994) 2 2 0 100,00%
Cláudio Adão (1980-81) 12 8 4 66,67%
Cocada (1989-90) 3 3 0 100,00%
Conca (2008-15) 14 11 3 78,57%
Cristóvão (1979-83) 2 1 1 50,00%
Dago (1987-91) 2 1 1 50,00%
De Mori (1929-36) 1 0 1 0,00%
Deco (2010-13) 1 1 0 100,00%
Deley (1980-87) 4 3 1 75,00%
Didi (1949-56) 19 14 5 73,68%
Diego Cavalieri (2011-17) 1 0 1 0,00%
Diego Souza (2003-16) 2 2 0 100,00%
Djair (1994-2003) 1 0 1 0,00%
Dodi (2018-20) 1 0 1 0,00%
Dodô (1994-2008) 4 2 2 50,00%
Donizete (1987-90) 2 1 1 50,00%
Donizete Amorim (2000) 1 0 1 0,00%
Douglas (2015-18) 1 1 0 100,00%
Doval (1976-78) 3 2 1 66,67%
Duílio (1983-85) 2 1 1 50,00%
Edevaldo (1977-81) 2 1 1 50,00%
Edgar (1987-90) 2 1 1 50,00%
Edinho (1973-89) 14 9 5 64,29%
Edinho (2011-13) 1 1 0 100,00%
Edmundo (2004) 5 5 0 100,00%
Édson (2014-16) 1 1 0 100,00%
Édson Mariano (1985-89) 3 3 0 100,00%
Édson Souza (1984-87) 1 1 0 100,00%
Eduardo (1985-94) 7 4 3 57,14%
Edwin Cox (1903-10) 3 2 1 66,67%
Emile Etchegaray (1903-10) 2 1 1 50,00%
Esquerdinha (1954) 8 7 1 87,50%
Evanílson (2018-20) 1 1 0 100,00%
Ézio (1991-95) 30 26 4 86,67%
Fabiano Eler (2005) 1 1 0 100,00%
Fabinho (2000-02) 1 1 0 100,00%
Fábio Bala (2002-04) 1 1 0 100,00%
Feléu (1994) 1 1 0 100,00%
Felipe (2005-13) 3 3 0 100,00%
Felipe Amorim (2016) 1 0 1 0,00%
Fernando Pacheco (2020) 1 1 0 100,00%
Flávio (1969-71) 12 10 2 83,33%
Flávio (1998-03) 1 1 0 100,00%
Flávio Guilherme (1982) 2 1 1 50,00%
Flávio Renato (1981-85) 1 0 1 0,00%
Floriano (1924-27) 2 0 2 0,00%
Fortes (1917-30) 7 5 2 71,43%
Franklin (1988-90) 1 0 1 0,00%
Fred (2009-20) 47 36 11 76,60%
Fumanchu (1978-79) 11 9 2 81,82%
Gabriel (2005-08) 17 16 1 94,12%
Gallo (1986) 1 1 0 100,00%
Galo (1909-11) 1 1 0 100,00%
Gama (1989-90) 1 0 1 0,00%
Gélson (1958) 1 0 1 0,00%
Geraldino (1944-46) 3 1 2 33,33%
Gérson (2015-16) 1 0 1 0,00%
Getúlio (1984-85) 2 0 2 0,00%
Gil (1974-76) 8 5 3 62,50%
Gilberto (2018-20) 2 0 2 0,00%
Gilcimar (1977-82) 1 0 1 0,00%
Gílson Gênio (1976-79) 1 1 0 100,00%
Gílson Nunes (1964-70) 22 18 4 81,82%
Guilherme (1997) 1 1 0 100,00%
Gum (2009-2018) 4 3 1 75,00%
Gustavo Scarpa (2014-17) 3 1 2 33,33%
Hélio (1989-90) 1 0 1 0,00%
Henrique (2016-17) 1 1 0 100,00%
Henrique Dourado (2016-18) 11 11 0 100,00%
Hércules (1935-42) 24 21 3 87,50%
Hudson (2020) 1 1 0 100,00%
Igor (2005) 1 1 0 100,00%
Ivan (1957-59) 3 3 0 100,00%
Jadílson (2003) 1 1 0 100,00%
Jádson (2018) 1 1 0 100,00%
Jair (1950-53) 3 1 2 33,33%
Jambo (1942-45) 2 1 1 50,00%
Jandir (1982-94) 4 3 1 75,00%
Jean (2012-15) 6 5 1 83,33%
João Pedro (2019) 1 0 1 0,00%
João Santos (1986-90) 3 3 0 100,00%
Joel (1948-54) 10 9 1 90,00%
Jorge Luís (1995-2000) 1 1 0 100,00%
Jorginho (1988) 1 1 0 100,00%
Jorginho (2000-01) 1 0 1 0,00%
Juan (2004-05) 3 3 0 100,00%
Julinho (1990-93) 1 1 0 100,00%
Júlio César (1999-2002) 3 3 0 100,00%
Juninho (2005-06) 1 0 1 0,00%
Juvenal (1946-48) 1 1 0 100,00%
Kenedy (2013-15) 1 0 1 0,00%
Kléber (2002-05) 1 1 0 100,00%
Laís (1916-24) 1 1 0 100,00%
Lanzini (2011-12) 1 0 1 0,00%
Lara (1935-37) 1 1 0 100,00%
Legey (1932) 1 1 0 100,00%
Leomir (1983-88) 36 27 9 75,00%
Leonardo (1994-96) 6 4 2 66,67%
Lino (2005) 1 1 0 100,00%
Lira (1992-95) 4 3 1 75,00%
Lucas (2017) 1 1 0 100,00%
Luciano (2018-19) 5 2 3 40,00%
Luiz Antônio (1994-95) 1 0 1 0,00%
Lula (1965-74) 23 19 4 82,61%
Machado (1917-22) 1 0 1 0,00%
Machado (1935-42) 8 5 3 62,50%
Magno Alves (1998-2016) 6 4 2 66,67%
Magnones (1942-45) 5 4 1 80,00%
Manfrini (1973-75) 6 5 1 83,33%
Manoel (1961-64) 1 1 0 100,00%
Maracaí (1942-44) 3 2 1 66,67%
Marcão (1999-2006) 3 3 0 100,00%
Marcelo (2005-06) 1 1 0 100,00%
Marco Brito (1995-2003) 3 3 0 100,00%
Marcos Júnior (2012-18) 3 3 0 100,00%
Marinho Chagas (1977-78) 19 17 2 89,47%
Mário (1958-1959) 1 1 0 100,00%
Mário (1977-82) 1 1 0 100,00%
Mário Jorge (1980-81) 1 1 0 100,00%
Marlon (2014-16) 1 1 0 100,00%
Marlone (2015) 1 1 0 100,00%
Marquinho (1989) 1 1 0 100,00%
Marquinho (2009-2017) 2 2 0 100,00%
Marquinhos (1990) 2 1 1 50,00%
Maurinho (1959-63) 8 8 0 100,00%
Maurinho (1983-85) 1 1 0 100,00%
Mazola (1992) 1 1 0 100,00%
Michel Araújo (2020) 1 0 1 0,00%
Milani (1939-40) 1 1 0 100,00%
Milton (1951-55) 1 1 0 100,00%
Nascimento (1921-29) 1 1 0 100,00%
Nei Dias (1982) 2 2 0 100,00%
Neinha (1980-81) 1 1 0 100,00%
Nélio (1967-70) 6 3 3 50,00%
Nenê (2019-20) 6 6 0 100,00%
Nilo (1923-26) 1 0 1 0,00%
Norival (1940-45) 1 0 1 0,00%
Nunes (1978-79) 3 1 2 33,33%
Odair Hellmann (1999) 1 1 0 100,00%
Oldair (1961-65) 4 4 0 100,00%
Oliveira (1966-73) 1 1 0 100,00%
Orlando “Pingo de Ouro” (1945-53) 23 16 7 69,57%
Osvaldo (2015-17) 1 0 1 0,00%
Oswaldo Gomes (1906-21) 1 1 0 100,00%
Paschoal (1945-47) 3 2 1 66,67%
Paulinho (1959-63) 1 0 1 0,00%
Paulinho (1982-92) 4 3 1 75,00%
Paulinho Andrioli (1987-90) 1 0 1 0,00%
Paulinho McLaren (1997) 3 3 0 100,00%
Paulo Afonso (1992) 1 1 0 100,00%
Paulo César “Caju” (1975-76) 2 0 2 0,00%
Paulo César (1997-2009) 8 6 2 75,00%
Paulo Henrique Ganso (2019-20) 3 2 1 66,67%
Paulo Roberto (1996-97) 12 11 1 91,67%
Pedro (2016-19) 6 6 0 100,00%
Petkovic (2005-06) 9 5 4 55,56%
Pinhegas (1944-48) 2 2 0 100,00%
Pinheiro (1949-63) 49 41 8 83,67%
Pintinho (1973-85) 3 3 0 100,00%
Pinto (1930-32) 1 0 1 0,00%
Polaco (1988-89) 4 3 1 75,00%
Preguinho (1925-38) 14 10 4 71,43%
Quincas (1951-56) 7 7 0 100,00%
Radamés (2005-09) 1 1 0 100,00%
Rafael Moura (2007-12) 6 3 3 50,00%
Rafael Sóbis (2011-14) 2 2 0 100,00%
Ramon (2001-04) 3 3 0 100,00%
Rangel (1986-91) 6 6 0 100,00%
Régis (2000-02) 2 2 0 100,00%
Renatinho (1992-93) 2 1 1 50,00%
Renatinho (2003) 1 0 1 0,00%
Renato (1990-92) 1 1 0 100,00%
Renato (2015-2017) 1 1 0 100,00%
Renato Chaves (2016-18) 1 1 0 100,00%
Renato Gaúcho (1995-97) 4 4 0 100,00%
Renato Martins (1984-87) 1 0 1 0,00%
Renê (1984-92) 1 1 0 100,00%
Rhayner (2013) 2 0 2 0,00%
Ribamar (1991) 1 1 0 100,00%
Ricardo Gomes (1983-88) 7 5 2 71,43%
Ricardo Pinto (1987-93) 1 0 1 0,00%
Richarlison (2016-17) 5 4 1 80,00%
Rinaldo (1967) 7 7 0 100,00%
Rinaldo (1989-90) 5 2 3 40,00%
Robert (2013-17) 1 1 0 100,00%
Robertinho (1978-82) 3 2 1 66,67%
Roberto (1956-63) 1 0 1 0,00%
Roberto Pinto (1966-67) 1 1 0 100,00%
Robinho (2017-18) 3 3 0 100,00%
Rodolfo (2002-04) 2 1 1 50,00%
Rodrigo Carbone (1994-96) 1 1 0 100,00%
Rodrigues (1945-50) 25 18 7 72,00%
Rodrigues Neto (1976-77) 1 0 1 0,00%
Rodriguinho (2010-11) 1 0 1 0,00%
Roger (1996-2004) 21 14 7 66,67%
Rogerinho Galo (1992-95) 2 2 0 100,00%
Romarinho (2017-18) 1 0 1 0,00%
Romário (2002-04) 20 16 4 80,00%
Romerito (1984-89) 20 14 6 70,00%
Ronald (1995-97) 6 5 1 83,33%
Rongo (1940-41) 3 3 0 100,00%
Roni (1997-2009) 15 8 7 53,33%
Rubens Galaxe (1971-82) 2 1 1 50,00%
Rubinho (1947-49) 1 1 0 100,00%
Russo (1933-44) 19 13 6 68,42%
Said (1933) 1 1 0 100,00%
Schneider (2005) 1 1 0 100,00%
Silas (1949-51) 5 3 2 60,00%
Silveira (1966-75) 8 6 2 75,00%
Sílvio (1988-90) 1 1 0 100,00%
Simões (1944-53) 2 1 1 50,00%
Sobral (1934-38) 3 2 1 66,67%
Somália (2007-08) 3 2 1 66,67%
Sorato (2003) 2 1 1 50,00%
Sornoza (2017-18) 2 0 2 0,00%
Souza (2011-12) 2 1 1 50,00%
Tartá (2007-11) 1 0 1 0,00%
Telê (1950-61) 3 1 2 33,33%
Thiago Carleto (2012) 1 1 0 100,00%
Thiago Neves (2007-13) 9 6 3 66,67%
Thiago Silva (2006-08) 3 3 0 100,00%
Tim (1937-44) 4 2 2 50,00%
Toninho (1970-75) 2 2 0 100,00%
Túlio (1999) 1 0 1 0,00%
Tuta (2005-06) 9 8 1 88,89%
Uidemar (1996) 4 3 1 75,00%
Valdeir (1995-96) 1 1 0 100,00%
Valdenir (1995-96) 1 1 0 100,00%
Vânder Luiz (1989-90) 2 2 0 100,00%
Vasco (1963) 1 0 1 0,00%
Vicentino (1933-38) 2 2 0 100,00%
Vidal (1913-21) 1 1 0 100,00%
Villalobos (1951-54) 4 3 1 75,00%
Votorantim (1934-35) 1 0 1 0,00%
Wagner (1991-93) 1 0 1 0,00%
Waldo (1954-61) 5 3 2 60,00%
Walter (1933-35) 2 2 0 100,00%
Washington (1983-89) 12 8 4 66,67%
Washington (2008-10) 12 8 4 66,67%
Waterman (1906-10) 1 1 0 100,00%
Welfare (1913-24) 2 1 1 50,00%
Wellington Silva (2010-20) 1 1 0 100,00%
Wellington Silva (2013-16) 1 1 0 100,00%
Wellington Nem (2012-19) 1 1 0 100,00%
Welton (1994) 1 0 1 0,00%
Yan (1997-2002) 5 4 1 80,00%
Yony González (2019) 2 1 1 50,00%
Zé Mário (1975) 1 1 0 100,00%
Zé Roberto (1971-75) 1 1 0 100,00%
Zezé (1915-28) 17 15 2 88,24%
Zezé (1977-81) 25 20 5 80,00%
Zezé Gomes (1979-85) 4 4 0 100,00%

Foto: LUCAS MERÇON/FLUMINENSE FC

Top 10 – Zagueiros artilheiros

Ranking dos zagueiros que mais marcaram gols pelo Fluminense:

zagueiros-artilheiros-fluminense

(*) O polivalente Silveira fez a maior parte dos seus 317 jogos pelo Fluminense como zagueiro, mas atuou também diversas vezes como volante, e algumas até como atacante. Estaria entre os 10 primeiros mesmo que se considerasse apenas os gols que fez atuando como zagueiro mas é justo ressaltar que boa parte dos seus 29 gols foram marcados atuando em outras posições.

Outro ponto que merece ser mencionado é o número de gols de pênalti. Pinheiro fez 30 dos seus 50 gols cobrando penalidades máximas. Chico Netto, zagueiro tricampeão em 1917-18-19, fez nove dos seus 12. Silveira fez seis de pênalti, Edinho quatro, Thiago Silva e Ricardo Gomes, dois cada um. Gum, Leandro Euzébio, César, Rangel e Antônio Carlos não fizeram nenhum gol de pênalti.

A primeira excursão do Fluminense à Europa

Curiosamente o Fluminense, clube que tem o pioneirismo em seu DNA, demorou a jogar no continente europeu. O primeiro clube brasileiro a excursionar pelo velho mundo foi o Paulistano, do craque Arthur Friedenreich, em 1925. Em segundo o Vasco, em 1931. Com relação à excursão vascaína, é sempre bom lembrar, o Fluminense gentilmente cedeu um de seus melhores jogadores, o center-half Fernando Giudicelli, titular da Seleção Brasileira na Copa de 1930, para reforçar a equipe de São Januário. E o jogador jamais retornou, sendo contratado pelo Torino.

Os demais clubes brasileiros só atravessariam o Atlântico mais ou menos à partir da virada dos anos 40 para os anos 50. O Fluminense, em 1955, exatamente 30 anos depois do Paulistano. O time não atravessava um grande momento. No início daquele ano, Zezé Moreira, técnico do Fluminense e da Seleção Brasileira, trocara o Tricolor pelo Botafogo. Gradim, auxiliar de Zezé, comandou a equipe interinamente por alguns meses para depois Russo, ídolo tricolor nos anos 30 e 40, assumir a função em definitivo. Para um time que tinha sido treinado pelo mesmo técnico por quase quatro anos e estava mais do que habituado ao seu sistema de jogo as mudanças não eram tão fáceis. E o resultado foi uma fraca campanha no Torneio Rio-São Paulo daquele ano. Mas nessa altura as excursões à Europa tinham se tornado uma verdadeira febre e já estava mais do que na hora do Fluminense se colocar à prova em uma dessas “aventuras”.

A delegação tricolor embarcou na madrugada do dia 18 de Maio de 1955 rumo a Istambul na Turquia assim constituída:

Chefe da delegação: Aloisio Affonseca
Diretor Administrativo: Gaspar Labarthe da Silva
Médico: Newton Paes Barreto
Técnico: Adolpho Milman (Russo)
Massagista/Roupeiro: João de Deus Andrade
Jogadores: Castilho, Veludo, Pinheiro, Duque, Píndaro, Laffayette, Bigode, Bassú, Clóvis, Edson, Victor, Didi, Róbson, João Carlos, Telê, Miguel, Escurinho, Quincas e Waldo

Embarque2

Embarque da delegação tricolor. Em pé: João de Deus (massagista), Escurinho, Telê, Bassú, Waldo, Píndaro, Russo (técnico), Aloisio Affonseca (chefe da delegação), Gaspar Labarthe (diretor), Duque, Castilho, Paes Barreto (médico) e Quincas. Agachados: João Carlos, Laffayette, Pinheiro, Bigode, Miguel, Róbson e Edson. (Esporte Ilustrado)

Após uma viagem cansativa, com escalas em Recife, Dakar e Lisboa, e ainda uma conexão em Roma, a delegação chegou a Istambul onde faria cinco jogos no Estádio Mithatpasa (demolido recentemente para a construção de uma dessas modernas arenas). A estreia aconteceu no dia 21 de Maio, contra o Adalet, e o Fluminense venceu sem maiores dificuldades pelo placar de 4×1, causando boa impressão na torcida turca. Os gols foram marcados por Escurinho, Telê, Didi e Róbson, sendo Didi o destaque da partida.

Adalet

Fluminense 4 x 1 Adalet. Primeiro jogo do Fluminense na Europa (Milliyet Gazete)

Já no dia seguinte o Tricolor voltava à campo, desta vez contra o Besiktas. O desgaste da longa viagem somado à partida de estreia no dia anterior acabou pesando. O Besiktas abriu uma vantagem de 2×1 no primeiro tempo e se fechou no segundo. Apesar do cansaço o Fluminense passou a dominar completamente o jogo, que se tornou um autêntico ataque contra defesa. Teve grandes oportunidades mas não foi feliz nas finalizações. O goleiro turco Bulent foi a grande figura em campo e garantiu o resultado.

Fato curioso relatado pelo chefe da delegação tricolor sobre este jogo é que o futebol praticado pelo Fluminense agradou de tal forma o público presente no estádio que este passou a torcer pelo empate, inclusive se manifestando para que o árbitro desse mais tempo de desconto. Ao final do jogo os dois times foram muito aplaudidos.

Três dias depois o Fluminense enfrentou o Fenerbahce. Com o devido descanso o time pôde botar em prática seu melhor padrão de jogo e venceu por 1×0, gol de Róbson de peixinho, completando um cruzamento de Telê. O placar magro não expressou toda a superioridade do Fluminense que mandou três bolas na trave adversária.

Fenerbahce-Robson

Fluminense 1 x 0 Fenerbahce. Róbson, caído, marca de cabeça o gol da vitória (Dünya)

Na sequência o Fluminense descansaria mais três dias para então fazer novamente dois jogos seguidos no fim de semana: sábado contra o Galatasaray e domingo contra um selecionado da Turquia. Píndaro, Pinheiro e Clóvis, contundidos, desfalcariam o Tricolor nestas partidas. Mesmo assim o Fluminense conquistou mais duas vitórias. 2×0 sobre o Galatasaray com uma atuação espetacular de Didi, que a esta altura já havia conquistado plenamente o público local e foi muito ovacionado ao ser substituído. E 4×1 sobre a Seleção, naquele que curiosamente foi o jogo mais fácil do Fluminense na Turquia. Explica-se: o técnico da seleção experimentou novos jogadores visando a Copa do Mediterrâneo, competição pela qual a Turquia enfrentaria a Itália em algumas semanas. Aproveitando-se do fato da Seleção não estar com sua força máxima o Fluminense promoveu um verdadeiro atropelamento.

Encerrando sua estadia em Istambul com quatro vitórias em cinco jogos, aclamado pelo público e pela imprensa local, o Fluminense rumou para Florença, onde enfrentaria a Fiorentina. A partir deste ponto da excursão o Tricolor jogaria em centros onde o futebol se encontrava em um estágio mais avançado e as dificuldades naturalmente passariam a ser maiores. Nesta partida por exemplo, dos 16 jogadores que a Fiorentina colocou em campo, nada menos que 12 haviam atuado ou viriam a atuar pela Seleção Italiana: Costagliola, Magnini, Chiappella, Rosetta, Orzan, Mariani, Virgili, Segato, Gratton, Sarti, Cervato e Prini. Isso sem falar no sueco Gunnar Gren, titular da seleção vice-campeã mundial em 1958.

Como era de se esperar o Fluminense começou a partida respeitando a Fiorentina, que foi melhor nos primeiros 20 minutos. Mas aos poucos o Tricolor foi tomando conta do jogo e aos 38 minutos abriu o placar com um gol de João Carlos. Gratton empatou para os italianos logo no início da segunda etapa mas o Flu seguiu dominando, com Didi no comando das ações. Waldo desempatou aos 24 minutos e pouco depois Pinheiro, outro que teve grande atuação anulando por completo as ofensivas da Fiorentina, deu números finais ao jogo marcando de pênalti. Vitória categórica por 3×1. Didi mais uma vez teve suas qualidades amplamente reconhecidas pela imprensa local. Essa foi provavelmente a vitória mais significativa do Fluminense na excursão.

Fiorentina

Fluminense 3 x 1 Fiorentina (La Nazione)

Curiosidade histórica: o Fluminense ostenta até hoje uma invencibilidade contra times italianos. Desde este primeiro confronto com a Fiorentina foram realizados 14 jogos, com dez vitórias do Fluminense e quatro empates. O Flu perdeu para a Seleção Italiana em 2014 mas nunca para um clube.

Após o jogo contra a Fiorentina a delegação tricolor visitou o Cemitério de Pistoia, pequena cidade vizinha à Florença, onde estavam enterrados os soldados da Força Expedicionária Brasileira que morreram em combate na Segunda Guerra Mundial. Os pracinhas, cujos restos mortais anos depois foram trazidos para o Brasil, foram respeitosamente homenageados pela delegação tricolor com um coroa de flores.

Pistoia

Delegação tricolor homenageia os pracinhas no Cemitério de Pistoia (Revista do Fluminense)

O Fluminense seguiu então para a Suíça onde enfrentaria o Lausanne Sports. Para fazer frente ao Tricolor o Lausanne se reforçou com vários jogadores de outro clube suíço, o Young Boys. Mas não adiantou: vitória do Fluminense por 3×2.

Lausanne

Fluminense 3 x 2 Lausanne Sports. Atuação soberba do Fluminense segundo a imprensa local.

De Lausanne o Fluminense rumou para Zurique afim de enfrentar o Grasshopper, time que lhe dera enorme trabalho três anos antes na campanha do título mundial (Copa Rio). Naquela ocasião, jogando no Maracanã, o Tricolor teve que se desdobrar para superar o ferrolho suíço e vencer por 1×0. Três anos depois o placar quase se repetiu. Victor abriu o marcador para o Fluminense no primeiro tempo com um chute de longa distância mas nos minutos finais da partida o iugoslavo Vukosavljevic (ou Vuko, como os suíços o chamavam pra facilitar) aproveitou-se de uma confusão na porta da meta do goleiro Veludo e empatou, encerrando assim uma sequência de cinco vitórias seguidas do Fluminense na excursão. Apesar de todos os clichês da época quando se falava em “ferrolho” toda vez que se enfrentava uma equipe suíça, o Grasshopper era um bom time. Russo, técnico do Fluminense, declararia na volta ao Brasil que este foi o jogo no qual o Fluminense encontrou maiores dificuldades.

Grasshopper

Fluminense 1 x 1 Grasshopper. Laffayette (2) disputa uma bola pelo alto (United Press)

De Zurique o Fluminense seguiu até a cidade portuária de Antuérpia, na Bélgica, para enfrentar o Valencia da Espanha. Nesta partida, por três vezes o Fluminense esteve em vantagem, por três vezes cedeu o empate. E o placar final de 3×3 agradou amplamente o público. O grande destaque do jogo foi sem dúvida o segundo gol do Fluminense, marcado por Escurinho. Após uma envolvente troca de passes entre Didi, João Carlos, Waldo e Telê, Escurinho acertou um tirambaço de 30 metros no fundo das redes espanholas. O lance foi aplaudido de pé pelo público presente no estádio.

Valencia

Fluminense 3 x 3 Valencia (Le Matin)

A seguir o Fluminense teria um adversário duro pela frente, o Racing de Paris. Se hoje o Racing está praticamente desaparecido do cenário futebolístico, na época era o principal clube da capital francesa. Assim como no jogo contra a Fiorentina alguns jogadores de nível internacional enfrentaram o Fluminense nesta partida. O zagueiro Roger Marche (Copas de 54 e 58), o meio-campista Mahjoub (Copa de 54), o goleiro Taillandier (Euro 1960), o austríaco Ernst Happel (este, além de ter jogado as Copas de 54 e 58 foi um grande treinador, sendo vice-campeão mundial em 78 com a Holanda e campeão europeu em 83 com o Hamburgo), além do brasileiro Yeso Amalfi.

O cartaz do Racing era bom mas em campo o Fluminense foi melhor. Apesar do jogo difícil, com uma bola na trave para cada lado e boas intervenções do goleiro Veludo, vitória tricolor por 2×0, gols de Miguel e Escurinho. Foi a primeira vez que o Fluminense jogou no famoso estádio Parc des Princes, palco onde conquistaria os Torneios de Paris de 1976 e 1987.

Racing

Fluminense 2 x 0 Racing de Paris. Intervenção do goleiro francês Taillandier (United Press)

Depois desse jogo o Fluminense retornou à Suíça, mais precisamente à cidade da Basileia, onde enfrentou o Basel e venceu com certa tranquilidade: 4×2. Dali seguiu para a pequena cidade francesa de Lens onde enfrentou o Lille, que dias antes havia conquistado a Copa da França, e obteve um empate por 3×3.

A próxima e última parada seria em Portugal, onde o Fluminense enfrentaria o Porto no Estádio das Antas. Os jogadores estavam empenhados em fechar a excursão com chave de ouro mas isso não foi possível graças a atuação bizarra do árbitro português Abel da Costa. O jogo valeu apenas pelos primeiros 35 minutos, enquanto os dois times estavam completos. Até ali o placar apontava 1×1 tendo Didi aberto o marcador para os tricolores. O Fluminense jogava melhor e os portugueses baixavam o pau (nas palavras de Didi). Foi então que o homem de preto entrou em ação. Após a marcação de uma falta para o time da casa, Laffayette, em uma atitude corriqueira no futebol, reteve a bola por alguns segundos para a defesa tricolor se recompor e depois jogou-a na direção do local da falta. O árbitro então resolveu expulsá-lo. Pinheiro, capitão da equipe, reclamou e também foi expulso. Com dois jogadores a menos ainda no primeiro tempo o jogo basicamente estava encerrado para o Fluminense. Aos 15 minutos do segundo tempo o Porto desempatou. Minutos depois foi a  vez de Escurinho ser expulso. Os portugueses então aproveitaram a vantagem de 11 jogadores contra 8 e marcaram mais um, fechando o placar em 3×1.

Porto

Porto 3 x 1 Fluminense (Jornal dos Sports)

A atuação escandalosa do árbitro logicamente causou revolta entre os tricolores. Em protesto a delegação não compareceu ao banquete em sua homenagem que seria oferecido pelo Porto após a partida. A paz entre os clubes foi selada um ano depois com um amistoso realizado no Maracanã. Sem nenhum jogador expulso o Fluminense venceu por 3×0 diante de mais de 100 mil pessoas.

A primeira excursão do Fluminense ao continente europeu chegava assim ao seu final com um saldo amplamente positivo de oito vitórias, três empates e duas derrotas. Na volta para casa um último contratempo: quando o vôo que trazia os tricolores já sobrevoava o Oceano Atlântico uma falha técnica fez com que a aeronave tivesse que retornar rumo à costa africana, aterrissando em Dakar. A chegada ao Rio de Janeiro aconteceu em 4 de Julho, 47 dias após o início da excursão.

Resumo5

Jogadores