Autor: joaobolt

Top 10 – Zagueiros artilheiros

Ranking dos zagueiros que mais marcaram gols pelo Fluminense:

zagueiros-artilheiros-fluminense

(*) O polivalente Silveira fez a maior parte dos seus 317 jogos pelo Fluminense como zagueiro, mas atuou também diversas vezes como volante, e algumas até como atacante. Estaria entre os 10 primeiros mesmo que se considerasse apenas os gols que fez atuando como zagueiro mas é justo ressaltar que boa parte dos seus 29 gols foram marcados atuando em outras posições.

Outro ponto que merece ser mencionado é o número de gols de pênalti. Pinheiro fez 30 dos seus 50 gols cobrando penalidades máximas. Chico Netto, zagueiro tricampeão em 1917-18-19, fez nove dos seus 12. Silveira fez seis de pênalti, Edinho quatro, Thiago Silva e Ricardo Gomes, dois cada um. Gum, Leandro Euzébio, César, Rangel e Antônio Carlos não fizeram nenhum gol de pênalti.

Estatísticas do Fluminense no Campeonato Carioca – Parte 2

Dando sequência às estatísticas e recordes do Fluminense no Campeonato Carioca, cuja primeira parte foi publicada aqui.

Jogadores com maior média de gols pelo Fluminense (*):
1. Rongo – 1,72 – 31G/18J (1940-1941)
2. Edwin Cox – 1,52 – 38G/25J (1906-1910)
3. Nilo – 1,51 – 56G/37J (1924-1926)
4. Horácio Costa Santos – 1,25 – 20G/16J (1906-1909)
4. Raul – 1,25 – 15G/12J (1936)
6. Welfare – 1,00 – 124G/124J (1913-1923)
7. Fogueira – 1,00 – 18G/18J (1938-1939)
8. Hércules – 0,97 – 96G/99J (1935-1942)
9. Ademir Menezes – 0,95 – 40G/42J (1946-1947)
10. Ambrois – 0,94 – 17G/18J (1954)
(*) Jogadores com um mínimo de 10 gols marcados

Rongo

O goleador argentino Rongo, dono da melhor média de gols pelo Fluminense no Campeonato Carioca

Goleiros com menor média de gols sofridos pelo Fluminense (**):
1. Ricardo Cruz – 0,60 – 27G/45J (1986-1988, 1994)
2. Renato – 0,70 – 44G/63J (1976-1979)
3. Wendell – 0,75 – 44G/59J (1977-1979)
4. Jorge Vitório – 0,77 – 36G/47J (1966-1973)
5. Félix – 0,79 – 116G/147J (1968-1977)
6. Paulo Victor – 0,84 – 129G/154J (1981-1988)
7. Ricardo Pinto – 0,89 – 81G/91J (1987-1991, 1993)
8. Jéferson – 0,92 – 23G/25J (1991-1992)
9. Márcio – 0,95 – 21G/22J (1963-1968)
10. Paulo Goulart – 0,96 – 47G/49J (1979-1982)
(**) Goleiros com um mínimo de 20 jogos disputados

RicardoCruz

Ricardo Cruz, goleiro com melhor média de gols sofridos

Recorde de minutos sem sofrer gols: Welerson, 759 minutos no campeonato de 1995.
Este é o recorde geral da história do clube, e não apenas o do Campeonato Carioca.

Welerson

Welerson, recordista de minutos sem sofrer gols

Treinadores que mais dirigiram o Fluminense:
1. Zezé Moreira – 199 (1951-1954, 1958-1962, 1973)
2. Ondino Viera – 152 (1938-1942, 1948-1949)
3. Nelsinho – 80 (1980-1981, 1985-1986)
4. Luiz Vinhaes – 77 (1929-1933)
4. Abel Braga – 77 (2005, 2012-2013, 2017-2018) (***)
6. Quincey Taylor – 65 (1913-1914, 1917-1918, 1935)
7. Edinho – 59 (1991, 1993, 1998)
8. Tim – 58 (1964-1966)
9. Carlos Alberto Parreira – 57 (1974, 1975, 1999, 2009)
10. Sylvio Pirillo – 56 (1955-1958)
10. Valdir Espinosa – 56 (1997, 2000-2001, 2004)
(***) até o jogo Fluminense 2 x 1 Volta Redonda no dia 4/3/2018.

ZezeMoreira

Zezé Moreira, o treinador que mais vezes dirigiu o Fluminense

Treinadores campeões:
1906 a 1909 – não havia um treinador mas sim uma comissão denominada “Ground Committee”, responsável pela escalação da equipe.
1911 – Charles Williams
1917 – Quincey Taylor
1918 – Quincey Taylor
1919 – Ramon Platero
1924 – Charles Williams
1936 – Carlos Nascimento e Arthur Azevedo (interinos) / Carlos Carlomagno
1937 – Carlos Carlomagno
1938 – Carlos Nascimento (interino) / Ondino Viera
1940 – Ondino Viera
1941 – Ondino Viera
1946 – Gentil Cardoso
1951 – Zezé Moreira
1959 – Zezé Moreira
1964 – Tim
1969 – Telê Santana
1971 – Zagallo
1973 – Zezé Moreira / Duque
1975 – Paulo Emílio / Carlos Alberto Parreira
1976 – Jair Rosa Pinto / Mário Travaglini
1980 – Nelsinho
1983 – Cláudio Garcia / Luís Carlos Ferreira (interino) / Carbone
1984 – Luiz Henrique / Carlos Alberto Torres
1985 – Nelsinho
1995 – Joel Santana
2002 – Waldemar Lemos / Robertinho
2005 – Abel Braga
2012 – Abel Braga

Maior número de gols marcados pelo Fluminense em um campeonato:
1. 1941 – 106 gols (****)
2. 1946 – 97 gols
3. 1976 – 74 gols
4. 1942 – 72 gols
5. 1979 – 70 gols
6. 1919 – 68 gols
7. 1954 – 67 gols
8. 1937 – 65 gols
8. 1947 – 65 gols
10. 1936 – 64 gols
(****) Nenhum outro time jamais ultrapassou a marca de 100 gols em um Campeonato Carioca

Fluminense-1941

O Fluminense de 1941. Este time além de conquistar o título no lendário Fla-Flu da Lagoa marcou 106 gols no campeonato. Uma marca jamais igualada.

Maior média de gols marcados pelo Fluminense em um campeonato:
1. 1906 – 5,20 – 52G/10J
2. 1909 – 5,00 – 45G/9J (*****)
3. 1908 – 4,89 – 44G/9J (*****)
4. 1935 – 4,20 – 63G/15J
5. 1946 – 4,04 – 97G/24J
6. 1924 – 3,86 – 54G/14J
7. 1941 – 3,79 – 106G/28J
8. 1919 – 3,78 – 68G/18J
9. 1936 – 3,56 – 64G/18J
10. 1911 – 3,50 – 21G/6J
10. 1915 – 3,50 – 42G/12J
10. 1910 – 3,50 – 28G/8J (*****)
(*****) Para o cálculo da média de gols foram desconsiderados os jogos decididos por WO

Menor número de gols sofridos pelo Fluminense em um campeonato:
1. 1911 – 1 gol
2. 1907 – 5 gols
3. 1906 – 6 gols
4. 1909 – 8 gols
5. 1959 – 9 gols
6. 1963 – 10 gols
7. 1908 – 11 gols
8. 1985 – 12 gols
8. 1970 – 12 gols
8. 1922 – 12 gols

Menor média de gols sofridos pelo Fluminense em um campeonato:
1. 1911 – 0,17 – 1G/6J
2. 1959 – 0,41 – 9G/22J
3. 1963 – 0,42 – 10G/24J
4. 1977 – 0,46 – 13G/28J
5. 1987 – 0,48 – 14G/29J
6. 1985 – 0,50 – 12G/24J
7. 1906 – 0,60 – 6G/10J
8. 1962 – 0,63 – 15G/24J
8. 1983 – 0,63 – 15G/24J
10. 1973 – 0,64 – 16G/25J

 

Top 10 – Minutos sem sofrer gols

O gol sofrido na partida de ontem contra o Avaí aos 43 minutos do primeiro tempo encerrou a série invicta de Júlio César. O goleiro chegou a um total de 570 minutos sem ser vazado e entrou na lista das 10 maiores invencibilidades já alcançadas por goleiros do Fluminense.

Minutos-sem-sofrer-gols

Detalhamento da lista:

1. Welerson (30/4/1995 a 25/6/1995) – 759 minutos
30/04/1995 – Fluminense 4 x 3 Flamengo – Campeonato Carioca – 58 min
07/05/1995 – Fluminense 1 x 0 Bangu – Campeonato Carioca – 90 min
14/05/1995 – Fluminense 1 x 0 América – Campeonato Carioca – 90 min
21/05/1995 – Fluminense 0 x 0 Botafogo – Campeonato Carioca – 90 min
27/05/1995 – Fluminense 1 x 0 Bangu – Campeonato Carioca – 90 min
04/06/1995 – Fluminense 0 x 0 Vasco – Campeonato Carioca – 90 min
11/06/1995 – Fluminense 2 x 0 Volta Redonda – Campeonato Carioca – 90 min
18/06/1995 – Fluminense 3 x 0 Entrerriense – Campeonato Carioca – 90 min
25/06/1995 – Fluminense 3 x 2 Flamengo – Campeonato Carioca – 71 min

2. Paulo Victor (23/11/1986 a 1/2/1987) – 648 minutos
23/11/1986 – Fluminense 5 x 1 Central-PE – Campeonato Brasileiro – 25 min
30/11/1986 – Fluminense 1 x 0 Flamengo – Campeonato Brasileiro – 90 min
03/12/1986 – Fluminense 2 x 0 Goiás – Campeonato Brasileiro – 90 min
06/12/1986 – Fluminense 0 x 0 Atlético-GO – Campeonato Brasileiro – 90 min
10/12/1986 – Fluminense 1 x 0 Grêmio – Campeonato Brasileiro – 90 min
14/12/1986 – Fluminense 2 x 0 Guarani – Campeonato Brasileiro – 90 min
21/01/1987 – Fluminense 4 x 0 Friburguense – Amistoso – 45 min (*)
24/01/1987 – Fluminense 2 x 0 Santa Cruz – Campeonato Brasileiro – 90 min
01/02/1987 – Fluminense 1 x 2 Criciúma – Campeonato Brasileiro – 38 min
(*) Paulo Victor foi substituído no intervalo

3. Paulo Victor (17/3/1988 a 20/4/1988) – 646 minutos
17/03/1988 – Fluminense 2 x 2 Botafogo – Campeonato Carioca – 20 min
20/03/1988 – Fluminense 0 x 0 Americano – Campeonato Carioca – 90 min
23/03/1988 – Fluminense 1 x 0 Volta Redonda – Campeonato Carioca – 90 min
27/03/1988 – Fluminense 1 x 0 Flamengo – Campeonato Carioca – 90 min
02/04/1988 – Fluminense 4 x 0 Friburguense – Campeonato Carioca – 75 min (*)
09/04/1988 – Fluminense 4 x 0 Volta Redonda – Campeonato Carioca – 90 min
14/04/1988 – Fluminense 2 x 0 América – Campeonato Carioca – 90 min
17/04/1988 – Fluminense 2 x 0 Botafogo – Campeonato Carioca – 90 min
20/04/1988 – Fluminense 1 x 1 Porto Alegre – Campeonato Carioca – 11 min
(*) Paulo Victor foi substituído por Ricardo Cruz nesta partida e nenhum jornal informa em que minuto a substituição ocorreu. O jornal O Globo cita uma defesa de Paulo Victor aos 30 minutos do 2º tempo, de modo que ele teria jogado no mínimo 75 minutos. Pode ter sido um pouco mais, o que aumentaria o total de 646 minutos.

4. Castilho (16/9/1956 a 11/11/1956) – 635 minutos
16/09/1956 – Fluminense 0 x 1 Flamengo – Campeonato Carioca – 4 min
22/09/1956 – Fluminense 2 x 0 Portuguesa – Campeonato Carioca – 90 min
30/09/1956 – Fluminense 1 x 0 América – Campeonato Carioca – 90 min
06/10/1956 – Fluminense 3 x 0 Bonsucesso – Campeonato Carioca – 90 min
14/10/1956 – Fluminense 6 x 0 Canto do Rio – Campeonato Carioca – 90 min
21/10/1956 – Fluminense 5 x 0 Olaria – Campeonato Carioca – 90 min
28/10/1956 – Fluminense 4 x 0 Portuguesa – Campeonato Carioca – 90 min
04/11/1956 – Fluminense 3 x 0 Madureira – Campeonato Carioca – 90 min
11/11/1956 – Fluminense 1 x 3 Bangu – Campeonato Carioca – 1 min

5. Paulo Victor (15/9/1985 a 2/11/1985) – 619 minutos
15/09/1985 – Fluminense 2 x 1 Volta Redonda – Campeonato Carioca – 63 min
18/09/1985 – Fluminense 1 x 0 Olaria – Campeonato Carioca – 90 min
22/09/1985 – Fluminense 0 x 0 Flamengo – Campeonato Carioca – 90 min
25/09/1985 – Fluminense 2 x 0 Americano – Campeonato Carioca – 90 min
20/10/1985 – Fluminense 0 x 0 Americano – Campeonato Carioca – 90 min
27/10/1985 – Fluminense 2 x 0 Vasco – Campeonato Carioca – 90 min
30/10/1985 – Fluminense 3 x 0 Bonsucesso – Campeonato Carioca – 90 min
02/11/1985 – Fluminense 1 x 2 Bangu – Campeonato Carioca – 16 min

6. Ricardo Pinto (8/9/1991 a 14/10/1991) – 589 minutos
08/09/1991 – Fluminense 1 x 2 Botafogo – Campeonato Carioca – 20 min
11/09/1991 – Fluminense 3 x 0 Portuguesa – Campeonato Carioca – 90 min
14/09/1991 – Fluminense 0 x 0 Bangu – Campeonato Carioca – 90 min
18/09/1991 – Fluminense 3 x 0 Itaperuna – Campeonato Carioca – 90 min
22/09/1991 – Fluminense 1 x 0 Vasco – Campeonato Carioca – 90 min
29/09/1991 – Fluminense 0 x 0 América – Campeonato Carioca – 90 min
06/10/1991 – Fluminense 0 x 0 Americano – Campeonato Carioca – 90 min
14/10/1991 – Fluminense 1 x 2 Goytacaz – Campeonato Carioca – 29 min

7. Diogo (1/11/1998 a 6/2/1999) – 583 minutos
01/11/1998 – Fluminense 0 x 2 Desportiva-ES – Amistoso – 53 min
08/11/1998 – Fluminense 3 x 0 Olaria – Copa Rio – 90 min
13/12/1998 – Fluminense 1 x 0 Botafogo de Macaé – Copa Rio – 90 min
15/12/1998 – Fluminense 2 x 0 Botafogo de Macaé – Copa Rio – 90 min
19/12/1998 – Fluminense 4 x 0 São Cristóvão – Copa Rio – 120 min (*)
30/01/1999 – Fluminense 4 x 0 Palmeiras – Torneio Rio-São Paulo – 90 min
06/02/1999 – Fluminense 1 x 2 Palmeiras – Torneio Rio-São Paulo – 50 min
(*) O jogo teve prorrogação

8. Júlio Cesar (28/1/2018 a 1/3/2018) – 570 minutos
28/01/2018 – Fluminense 2 x 1 Madureira – Campeonato Carioca – 77 min
31/01/2018 – Fluminense 1 x 0 Caldense – Copa do Brasil – 90 min
03/02/2018 – Fluminense 1 x 0 Macaé – Campeonato Carioca – 90 min
15/02/2018 – Fluminense 5 x 0 Salgueiro – Copa do Brasil – 90 min
21/02/2018 – Fluminense 4 x 0 Bangu – Campeonato Carioca – 90 min
24/02/2018 – Fluminense 4 x 0 Flamengo – Campeonato Carioca – 90 min
01/03/2018 – Fluminense 1 x 2 Avaí – Copa do Brasil – 43 min

9. Jorge Vitório (1/2/1973 a 3/6/1973) – 568 minutos
01/02/1973 – Fluminense 1 x 1 Argentinos Juniors – Torneio de Verão – 41 min
21/02/1973 – Fluminense 0 x 0 Desportiva-ES – Amistoso – 90 min
24/02/1973 – Fluminense 1 x 1 CEUB-DF – Amistoso – 0 min (*)
08/04/1973 – Fluminense 0 x 0 Vasco – Campeonato Carioca – 90 min
11/04/1973 – Fluminense 4 x 0 São Cristóvão – Campeonato Carioca – 90 min
14/04/1973 – Fluminense 0 x 0 Bonsucesso – Campeonato Carioca – 90 min
31/05/1973 – Fluminense 4 x 0 Sporting-Angola – Amistoso – 90 min
03/06/1973 – Fluminense 4 x 1 Benfica-Angola – Amistoso – 77 min
(*) Jorge Vitório substituiu Félix no decorrer desta partida mas não foi encontrado em nenhum jornal em que minuto a substituição ocorreu. Sendo assim não é possível precisar quantos minutos ele jogou. A única informação concreta é que Félix ainda estava em campo quando o CEUB marcou seu gol, aos 11 minutos do 2º tempo. Conclui-se então que Vitório manteve sua invencibilidade e jogou de 0 a 34 minutos. Seu total de 568 minutos pode portanto ter sido maior.

10. Félix (26/10/1975 a 3/12/1975) – 561 minutos
26/10/1975 – Fluminense 4 x 1 Vasco – Campeonato Brasileiro – 52 min
30/10/1975 – Fluminense 1 x 0 Santa Cruz – Campeonato Brasileiro – 90 min
02/11/1975 – Fluminense 3 x 0 Flamengo – Campeonato Brasileiro – 87 min (*)
05/11/1975 – Fluminense 0 x 0 Figueirense – Campeonato Brasileiro – 90 min
08/11/1975 – Fluminense 3 x 0 Sport – Campeonato Brasileiro – 90 min
12/11/1975 – Fluminense 4 x 0 Nacional-AM – Campeonato Brasileiro – 90 min
03/12/1975 – Fluminense 4 x 2 Palmeiras – Campeonato Brasileiro – 62 min
(*) Félix foi substituído aos 42 minutos do 2º tempo

13×0, um gol sofrido em oito jogos e goleada sobre o rival

O Fluminense estreou no Campeonato Carioca desse ano com uma derrota, ainda que com reservas, desanimadora, perdendo para o Boavista por 3×1. A partir deste jogo no entanto o time conseguiu números expressivos. Em oito jogos obteve seis vitórias e dois empates. Marcou 17 gols e sofreu apenas um.

Se é inegável que o nível dos adversários nestas partidas em geral foi muito baixo, também é verdade que o Fluminense tem enfrentado adversários igualmente frágeis nessa época do ano em quase todas as temporadas recentes, e nem sempre os resultados são bons.

Com a vitória por 4×0 obtida no clássico de ontem o Fluminense atingiu três marcas interessantes.

Em três jogos, três vitórias e 13 gols de saldo

Nos últimos três jogos o Fluminense obteve três vitórias e um placar agregado de 13×0. 5×0 sobre o Salgueiro, 4×0 sobre o Bangu e 4×0 sobre o Flamengo. Sem contar jogos amistosos a última vez que o Fluminense conseguiu esta marca foi em 1979. Nas três primeiras rodadas do octogonal decisivo do Campeonato Carioca daquele ano o Tricolor venceu respectivamente Goytacaz (5×0), Bangu (5×0) e Flamengo (3×0).

No vídeo abaixo a vitória por 3×0 no Fla-Flu de 1979, a última vez que o Fluminense havia conquistado três vitórias e 13 gols de saldo em três jogos de campeonato.

 

Um gol sofrido em oito jogos

Outra marca expressiva foi alcançada pelo sistema defensivo da equipe, que tem funcionado bem. Nos últimos oito jogos o time sofreu apenas um gol. Como se sabe a maior sequência sem sofrer gols que o Fluminense já teve aconteceu na campanha do inesquecível título de 1995. Naquela ocasião o goleiro Welerson ficou 759 minutos sem ser vazado. Em sequência: 58 minutos na vitória por 4×3 sobre o Flamengo, sete partidas inteiras e mais 71 minutos na decisão do campeonato, contra o mesmo Flamengo. Aquela do gol de barriga. No entanto, em oito jogos Welerson sofreu mais de um gol, seja se somarmos o jogo imediatamente anterior aos sete invictos (4×3), seja o que veio imediatamente depois (3×2).

Mais uma vez, excluindo-se amistosos, a última vez que o Fluminense levou apenas um gol em oito jogos foi no Campeonato Carioca de 1988. Conseguiu uma marca até melhor: um gol em nove jogos, conforme mostra a sequência abaixo

0) 17/03/1988 – Fluminense 2 x 2 Botafogo
1) 20/03/1988 – Fluminense 0 x 0 Americano
2) 23/03/1988 – Fluminense 1 x 0 Volta Redonda
3) 27/03/1988 – Fluminense 1 x 0 Flamengo
4) 02/04/1988 – Fluminense 4 x 0 Friburguense
5) 09/04/1988 – Fluminense 4 x 0 Volta Redonda
6) 14/04/1988 – Fluminense 2 x 0 América
7) 17/04/1988 – Fluminense 2 x 0 Botafogo
8) 20/04/1988 – Fluminense 1 x 1 Porto Alegre
9) 24/04/1988 – Fluminense 1 x 0 Bangu
0) 01/05/1988 – Fluminense 5 x 1 Americano

OBS: Apesar do Fluminense, assim como em 1995, ter ficado sete jogos consecutivos sem sofrer gols em 1988, em minutos a sequência de 1995 foi bem maior. 759 x 661.

Maior goleada sobre o Flamengo

Por saldo de gols o Fluminense igualou ontem suas maiores goleadas sobre o rival. O tricolor venceu por quatro gols de diferença nas seguintes oportunidades:

21/12/1919 – Fluminense 4 x 0 Flamengo
24/03/1943 – Fluminense 5 x 1 Flamengo
11/04/1945 – Fluminense 4 x 0 Flamengo
15/03/2003 – Fluminense 4 x 0 Flamengo
24/02/2018 – Fluminense 4 x 0 Flamengo

Abaixo o Fla-Flu de 2003, última vez que o Fluminense havia vencido o rival por 4×0. Naquele jogo o técnico tricolor Renato Gaúcho pediu para o time parar, evitando uma goleada ainda maior.

 

A foto do post é de Lucas Merçon/Fluminense FC.

 

Estatísticas do Fluminense no Campeonato Carioca – Parte 1

O Campeonato Carioca cujo segundo turno começou ontem com a goleada tricolor sobre o Bangu já teve seus dias de glória. Foi a competição mais importante do calendário dos clubes cariocas por mais da metade de suas existências. Por essa razão, ainda que o certame tenha perdido boa parte do seu charme e relevância, contar a sua história significa contar uma parte importante da trajetória do Fluminense. Este post traz uma série de informações, estatísticas e recordes do clube nesta competição.

Números gerais do Fluminense no Campeonato Carioca (até 2017):
2221 jogos, 1305 vitórias, 448 empates, 468 derrotas, 4814 gols pró, 2537 gols contra

Foram 113 participações nas quais o Fluminense obteve as seguintes colocações:
1º lugar: 31 vezes (1906, 1907, 1908, 1909, 1911, 1917, 1918, 1919, 1924, 1936, 1937, 1938, 1940, 1941, 1946, 1951, 1959, 1964, 1969, 1971, 1973, 1975, 1976, 1980, 1983, 1984, 1985, 1995, 2002, 2005, 2012)
2º lugar: 24 vezes (1910, 1915, 1920, 1925, 1927, 1933, 1935, 1943, 1949, 1952, 1953, 1956, 1957, 1960, 1961, 1963, 1970, 1972, 1979-especial, 1991, 1993, 2003, 2011, 2017)
3º lugar: 23 vezes (1922, 1926, 1942, 1948, 1962, 1965, 1966, 1967, 1977, 1978, 1986, 1988, 1990, 1992, 1994, 1998, 1999, 2004, 2008, 2010, 2013, 2014, 2016)
4º lugar: 18 vezes (1914, 1916, 1923, 1929, 1939, 1944, 1947, 1955, 1958, 1979, 1987, 1989, 1996, 1997, 2000, 2001, 2009, 2015)
5º lugar: 10 vezes (1912, 1913, 1928, 1931, 1934, 1945, 1954, 1974, 1981, 1982)
6º lugar: 4 vezes (1930, 1932, 1950, 1968)
7º lugar: 1 vez (1921)
8º lugar: 2 vezes (2006, 2007)

Títulos invictos: 1908, 1909, 1911

Títulos de turnos:
Taça Guanabara(*): 7 (1975, 1983, 1985, 1991, 1993, 2012, 2017)
Taça Rio: 2 (1990, 2005)
Taça Fadel Fadel: 1 (1972)
Taça Francisco Laport: 1 (1973)
Taça José Ferreira Agostinho: 1 (1973)
Taça Amadeu Rodrigues Sequeira: 1 (1976)
Taça João Coelho Netto: 1 (1980)
(*) O Fluminense conquistou a Taça Guanabara também em 1966, 1969 e 1971, mas nessas ocasiões ela era um campeonato à parte, independente do Campeonato Carioca

Títulos do Campeonato Carioca em outras categorias:
Aspirantes: 8 (1941, 1951, 1952, 1953, 1954, 1957, 1962, 1963)
Segundo Quadro: 4 (1908, 1911, 1921, 1924)
Terceiro Quadro: 3 (1919, 1921, 1923)
Amadores: 2 (1933, 1938)
Juniores/Sub-20: 17 (1947, 1948, 1949, 1950, 1951, 1955, 1968, 1970, 1975, 1976, 1988, 2002, 2003, 2004, 2008, 2012, 2013)
Juvenil/Sub-17: 17 (1966, 1967, 1968, 1974, 1975, 1977, 1982, 1989, 1999, 2001, 2002, 2003, 2008, 2009, 2011, 2013, 2014)
Infantil/Sub-15: 18 (1916, 1970, 1971, 1973, 1974, 1975, 1978, 1979, 1981, 1987, 2002, 2004, 2005, 2008, 2010, 2012, 2015, 2017)
Infantil Segundo Quadro: 2 (1916, 1917)

Os campeonatos de segundo e terceiro quadros eram disputados por equipes reservas no período do amadorismo.
O campeonato de amadores continuou existindo após a implantação do profissionalismo em 1933. No entanto, deixou de ser a principal competição da cidade.

Melhores campanhas do Fluminense no Campeonato Carioca:
1. 1911 – 100% (6J, 12PG, 6V, 0E, 0D)
2. 1919 – 94,44% (18J, 34PG, 17V, 0E, 1D)
3. 1906 – 90,00% (10J, 18PG, 9V, 0E, 1D)
4. 1909 – 90,00% (10J, 18PG, 8V, 2E, 0D, saldo de gols 37)
5. 1908 – 90,00% (10J, 18PG, 8V, 2E, 0D, saldo de gols 33)
6. 1924 – 89,29% (14J, 25PG, 12V, 1E, 1D)

Melhores campanhas do Fluminense na era profissional, a partir de 1933:
1. 1937 – 86,36% (22J, 38PG, 17V, 4E, 1D, saldo de gols 43)
2. 1959 – 86,36% (22J, 38PG, 17V, 4E, 1D, saldo de gols 36)
3. 1976 – 82,81% (32J, 53PG, 23V, 7E, 2D)
4. 1960 – 81,82% (22J, 36PG, 16V, 4E, 2D)
5. 1938 – 81,25% (16J, 26PG, 12V, 2E, 2D)
6. 1941 – 80,36% (28J, 45PG, 22V, 1E, 5D)

Fluminense-1937

Time de 1937 que obteve a melhor campanha do Fluminense na era profissional. Em pé: Júlio de Almeida (Diretor de Futebol), Guimarães, Moysés, Batatais, Santamaria, Brant, Orozimbo, Carlos Carlomagno (Treinador) e Machado. Agachados: Sobral, Romeu, Sandro, Tim, Hércules e Milton

Maior Invencibilidade: 32 jogos entre 1959 e 1960, com 26 vitórias e 6 empates.
30/08/1959 – Bangu 1 x 0 Fluminense – última derrota antes da série invicta
05/09/1959 – Fluminense 4 x 0 Madureira
13/09/1959 – Fluminense 2 x 1 Botafogo
26/09/1959 – Fluminense 1 x 0 Olaria
04/10/1959 – Fluminense 2 x 0 Vasco
11/10/1959 – Fluminense 3 x 1 Vasco
18/10/1959 – Fluminense 2 x 0 São Cristóvão
25/10/1959 – Fluminense 3 x 0 Portuguesa
01/11/1959 – Fluminense 4 x 0 Olaria
08/11/1959 – Fluminense 1 x 1 América
14/11/1959 – Fluminense 2 x 1 Canto do Rio
22/11/1959 – Fluminense 2 x 0 Flamengo
28/11/1959 – Fluminense 5 x 0 Bonsucesso
06/12/1959 – Fluminense 0 x 0 Bangu
12/12/1959 – Fluminense 2 x 0 Madureira – neste jogo o Fluminense assegurou o título de 1959 com uma rodada de antecipação
20/12/1959 – Fluminense 3 x 3 Botafogo
24/07/1960 – Fluminense 1 x 0 Botafogo
03/08/1960 – Fluminense 5 x 0 Canto do Rio
06/08/1960 – Fluminense 4 x 1 Portuguesa
14/08/1960 – Fluminense 1 x 1 América
20/08/1960 – Fluminense 1 x 0 São Cristóvão
28/08/1960 – Fluminense 4 x 2 Bonsucesso
03/09/1960 – Fluminense 3 x 1 Bangu
11/09/1960 – Fluminense 1 x 1 Flamengo
17/09/1960 – Fluminense 5 x 1 Madureira
24/09/1960 – Fluminense 4 x 1 Olaria
30/09/1960 – Fluminense 2 x 0 Vasco
09/10/1960 – Fluminense 2 x 0 Bangu
16/10/1960 – Fluminense 1 x 0 Portuguesa
23/10/1960 – Fluminense 2 x 1 Olaria
29/10/1960 – Fluminense 1 x 1 Bonsucesso
05/11/1960 – Fluminense 4 x 1 Canto do Rio
12/11/1960 – Fluminense 5 x 0 Madureira
20/11/1960 – Flamengo 3 x 1 Fluminense – derrota que quebrou a invencibilidade de 32 jogos

fluminense-1960

Este time alcançou a maior série invicta do Fluminense no Campeonato Carioca. 32 jogos sem perder entre 1959 e 1960. Em pé: Clóvis, Jair Marinho, Edmílson, Altair, Castilho e Pinheiro. Agachados: Maurinho, Paulinho, Waldo, Telê e Escurinho

Maior sequência de vitórias: 17 jogos entre 1919 e 1920
27/07/1919 – São Cristóvão 2 x 0 Fluminense – último jogo antes da série de vitórias
17/08/1919 – Fluminense 4 x 0 Bangu
24/08/1919 – Fluminense 3 x 1 Flamengo
31/08/1919 – Fluminense 6 x 0 Andaraí
07/09/1919 – Fluminense 3 x 2 América
05/10/1919 – Fluminense 5 x 1 Carioca
26/10/1919 – Fluminense 3 x 1 Mangueira
09/11/1919 – Fluminense 3 x 2 Bangu
16/11/1919 – Fluminense 2 x 1 Vila Isabel
23/11/1919 – Fluminense 5 x 2 Botafogo
30/11/1919 – Fluminense 4 x 3 São Cristóvão
14/12/1919 – Fluminense 4 x 2 Andaraí
21/12/1919 – Fluminense 4 x 0 Flamengo – neste jogo o Fluminense assegurou o título de 1919 com uma rodada de antecipação
28/12/1919 – Fluminense 4 x 1 América
11/04/1920 – Fluminense 3 x 2 Bangu
25/04/1920 – Fluminense 3 x 2 São Cristóvão
02/05/1920 – Fluminense 2 x 1 Andaraí
09/05/1920 – Fluminense 7 x 1 Palmeiras
23/05/1920 – Flamengo 2 x 1 Fluminense – jogo que quebrou a série de 17 vitórias seguidas

Fluminense-1919

14/12/1919 – Fluminense 4 x 2 Andaraí. Um dos 17 jogos da maior série de vitórias consecutivas do Fluminense no Campeonato Carioca. Foto: Flu-Memória

Maiores goleadas do Fluminense no Campeonato Carioca:
1. 09/09/1906 – Fluminense 11 x 0 Football & Athletic
1. 05/07/1908 – Fluminense 11 x 0 Riachuelo
3. 09/12/1917 – Fluminense 11 x 1 Bangu
3. 21/09/1946 – Fluminense 11 x 1 Bangu
5. 13/06/1909 – Fluminense 10 x 0 Haddock Lobo
5. 27/09/1936 – Fluminense 10 x 0 Portuguesa
7. 03/05/1908 – Fluminense 10 x 1 Paysandu
8. 17/08/1913 – Fluminense 10 x 2 Mangueira
8. 05/10/1941 – Fluminense 10 x 2 Bangu

Maiores públicos do Fluminense no Campeonato Carioca (**):
1. 15/12/1963 – Fluminense 0 x 0 Flamengo – 177.020 (presente: 194.603)
2. 15/06/1969 – Fluminense 3 x 2 Flamengo – 171.599
3. 16/05/1976 – Fluminense 0 x 0 Flamengo – 155.116
4. 16/12/1984 – Fluminense 1 x 0 Flamengo – 153.520
5. 27/06/1971 – Fluminense 1 x 0 Botafogo – 142.339
6. 02/08/1970 – Fluminense 2 x 0 Flamengo – 138.599
7. 22/04/1979 – Fluminense 1 x 1 Flamengo – 138.557
8. 23/04/1972 – Fluminense 2 x 5 Flamengo – 137.002
9. 07/09/1972 – Fluminense 1 x 2 Flamengo – 136.829
10.18/10/1964 – Fluminense 3 x 3 Flamengo – 136.606
(**) público pagante

FlaFlu1963

15/12/1963 – Fluminense 0 x 0 Flamengo. Com 177.020 pagantes este jogo além de ser o recorde de público do Fluminense no Campeonato Carioca é simplesmente o recorde mundial de público em jogos entre clubes. Foto: O Globo

Jogadores com maior número de jogos pelo Fluminense:
1. Castilho – 345 (1947-1964)
2. Pinheiro – 277 (1949-1962)
3. Altair – 228 (1956-1969)
4. Telê – 225 (1951-1961)
5. Escurinho – 203 (1954-1963)
6. Rubens Galaxe – 188 (1973, 1976-1982)
7. Edinho – 187 (1974-1981, 1989)
7. Fortes – 187 (1917-1930)
9. Bigode – 172 (1943-1949, 1952-1955)
10. Batatais – 169 (1935-1945)

Jogadores com maior número de campeonatos disputados pelo Fluminense (***):
1. Castilho – 18 (1947-1964)
2. Oswaldo Gomes – 16 (1906-1921)
3. Altair – 14 (1956-1969)
3. Fortes – 14 (1917-1930)
3. Pinheiro – 14 (1949-1962)
6. Preguinho – 13 (1925-1935, 1937-1938)
7. Zezé – 12 (1915-1925, 1928)
8. Batatais – 11 (1935-1945)
8. Bigode – 11 (1943-1949, 1952-1955)
8. Telê – 11 (1951-1961)
8. Welfare – 11 (1913-1923)

castilho

Castilho, recordista de jogos pelo Fluminense no Campeonato Carioca. 345 atuações em 18 edições da competição.

Jogadores com mais títulos pelo Fluminense (***):
8 títulos
Oswaldo Gomes (1906, 1907, 1908, 1909, 1911, 1917, 1918, 1919)
5 títulos
Romeu, Hércules, Batatais, Brant e Machado (1936, 1937, 1938, 1940, 1941)

(***) Necessário disputar ao menos uma partida no campeonato, não sendo contabilizados jogadores que faziam parte do elenco mas não atuaram.

OswaldoGomes

Oswaldo Gomes é o recordista de títulos do Campeonato Carioca com oito conquistas. Nenhum jogador do Fluminense ou de qualquer outro clube alcançou esta marca

Maiores artilheiros:
1. Welfare – 124 (1913-1923)
2. Waldo – 102 (1954-1960)
3. Orlando – 101 (1945-1953)
4. Hércules – 96 (1935-1941)
5. Preguinho – 94 (1925-1935, 1937-1938)
6. Zezé – 80 (1915-1925, 1928)
7. Russo – 69 (1933-1937, 1939-1943)
8. Telê – 67 (1951-1961)
9. Alfredinho – 65 (1926-1932, 1937)
10. Pedro Amorim – 61 (1939-1947)

Welfare

O inglês Harry Welfare, maior goleador do Fluminense na história do Campeonato Carioca com 124 tentos

Maior número de gols em um jogo:
6 gols
Edwin Cox (03/05/1908 – Fluminense 10 x 1 Paysandu)
Buchan (13/06/1909 – Fluminense 10 x 0 Haddock Lobo)
Welfare (09/12/1917 – Fluminense 11 x 1 Bangu)
Rongo (20/07/1941 – Fluminense 9 x 0 São Cristóvão)
5 gols
Welfare (01/08/1915 – Fluminense 9 x 1 São Cristóvão)
Zezé (26/05/1918 – Fluminense 6 x 1 Vila Isabel)
Nilo (04/05/1924 – Fluminense 6 x 5 Bangu)
Alfredinho (22/05/1927 – Fluminense 7 x 4 Bangu)
Russo (08/11/1941 – Fluminense 7 x 2 Bangu)
Maracaí (05/04/1942 – Fluminense 6 x 2 Bonsucesso)

Maior número de gols em um campeonato:
1. Nilo – 28 (1924)
1. Rodrigues – 28 (1946)
3. Orlando – 26 (1949)
3. Rongo – 26 (1941)
5. Ademir Menezes – 24 (1946)
6. Carlyle – 23 (1951)
6. Hércules – 23 (1937)
6. Welfare – 23 (1915)
9. Hércules – 22 (1936)
9. Nilo – 22 (1925)
9. Waldo – 22 (1956)
9. Welfare – 22 (1919)

Artilheiros do Campeonato Carioca pelo Fluminense:
1906 – Horácio Costa Santos – 18
1908 – Edwin Cox – 15
1911 – James Calvert – 6
1914 – Bartholomeu – 10
1915 – Welfare – 23
1924 – Nilo – 28
1932 – Preguinho – 21
1936 – Hércules – 22
1946 – Rodrigues – 28
1948 – Orlando – 21
1951 – Carlyle – 23
1956 – Waldo – 22
1964 – Amoroso – 19
1965 – Amoroso – 10
1969 – Flávio – 15
1970 – Flávio – 18
1976 – Doval – 20
1980 – Cláudio Adão – 20
1992 – Ézio – 15
2003 – Fábio Bala – 10
2011 – Fred – 10
2015 – Fred – 11

Fred

Fred, último jogador do Fluminense a ser artilheiro do Campeonato Carioca, feito alcançado nos anos de 2011 e 2015

A foto que ilustra este post, do time campeão de 2012 (último título carioca do Fluminense), pertence a Photocamera.

O Bastão de Revezamento e os bastões miniatura do Campeonato Carioca

Uma curiosa premiação outorgada aos clubes campeões cariocas de 1937 a 1973 foi o Bastão de Revezamento. Por iniciativa do Fluminense a premiação foi instituída em 1948. Um belíssimo bastão de prata de posse transitória que passaria das mãos do clube campeão para o campeão seguinte, ano após ano.

A posse definitiva do bastão ficaria com o clube que conquistasse cinco títulos consecutivos ou dez alternados, contando-se a partir de 1937. O motivo da escolha dessa data inicial foi tratar-se do ano de fundação da Federação Metropolitana de Football, ano da pacificação e do fim da cisão no futebol carioca.

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O Bastão de Revezamento, premiação concedida aos campeões cariocas de 1937 a 1973

Os nomes dos campeões de 1937 a 1947 foram gravados no bastão, que foi entregue ao Vasco da Gama, então o atual campeão, no dia 23 de Junho de 1948. A partir daí o bastão foi sendo transmitido ano a ano para o novo campeão, geralmente em cerimônia realizada na primeira partida entre os dois clubes no campeonato subsequente.

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Abertura do Campeonato Carioca de 1961: Fluminense (campeão de 59) x América (campeão de 60). Antes da partida o presidente tricolor Jorge Frias de Paula passa o Bastão de Revezamento para o presidente americano Waldir Motta. Foto: O Globo.

Quando o bastão foi instituído em 1948, sua regulamentação previa ainda que a Federação concedesse uma premiação anual definitiva ao campeão: uma miniatura do bastão. Essa ideia no entanto só foi posta em prática em 1961, ocasião em que a entidade, de uma tacada só, concedeu sete bastões em miniatura ao Fluminense (referentes aos títulos de 1937, 38, 40, 41, 46, 51 e 59), sete ao Flamengo (1939, 42, 43, 44, 53, 54 e 55), sete ao Vasco (1945, 47, 49, 50, 52, 56 e 58), dois ao Botafogo (1948 e 57) e um ao América (1960).

O Fluminense conquistou o direito à posse definitiva do bastão de revezamento em 1971, ano em que alcançou seu décimo título a partir de 1937, porém o regulamento da premiação se extraviou na Federação. Em 1972 e 73 o bastão continuou a ser passado de campeão para campeão, o nome do campeão continuou a ser gravado e os bastões miniatura continuaram sendo concedidos. Apenas em 1974 o Fluminense conseguiu comprovar seu direito à posse definitiva.

Uma curiosidade: o bastão miniatura referente ao título de 1964 nunca foi entregue ao Fluminense. É possível que existam lacunas semelhantes nas premiações aos demais clubes, por falha da Federação.

O Bastão de Revezamento, um prêmio de grande relevância que representa uma era extraordinária do futebol carioca, abrangendo as décadas de 1930 a 1970, está atualmente exposto na Sala de Troféus do Fluminense, assim como os 10 bastões em miniatura que o clube possui, referentes aos seus títulos de 1937 a 1973, exceto 1964.

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O Bastão de Revezamento e os 10 bastões miniatura conquistados pelo Fluminense (1937, 38, 40, 41, 46, 51, 59, 69, 71 e 73). A lacuna é referente ao bastão entregue ao Fluminense pelo campeonato de 1940, que estava em processo de restauração. O Fluminense não recebeu da Federação a miniatura do bastão por 1964

A Federação só passou a entregar regularmente um troféu ao campeão de cada ano na segunda metade da década de 1950. Antes disso, tirando alguns casos isolados, a premiação era feita com troféus de posse transitória. Além do Bastão de Revezamento existiram a Taça Colombo, a Taça Municipal e a Taça AMEA.

A Taça Colombo, o troféu de 1906 a 1919

O primeiro troféu do campeonato carioca foi a Taça Colombo. Ela foi entregue a todos os campeões de 1906 a 1919. Sua posse era provisória e ela ficaria em definitivo com o clube que conquistasse o campeonato três vezes seguidas, feito obtido pelo Fluminense em 1917, 18 e 19. Ela possui esse nome pois foi ofertada em 1906 pela Casa Colombo, importante loja de artigos masculinos da época.

Vale ressaltar que o Fluminense não ficou com a taça em definitivo já em 1908 porque o título de 1907 só foi reconhecido oficialmente décadas depois.

A Taça Municipal, o troféu de 1908 a 1924

Em 1908, a Taça Municipal foi instituída pelo Prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Sousa Aguiar. Sua posse era transitória, da mesma forma que a Taça Colombo, mas não havia uma condição para que um clube ficasse em definitivo com ela. A Taça Municipal foi entregue a todos os campeões da Liga Metropolitana de Sports Athléticos (LMSA), de 1908 a 1916, e da Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT), de 1917 a 1924.

De 1908 a 1919, os campeões do Rio receberam portanto a Taça Colombo e a Taça Municipal pela conquista do campeonato. Como a Taça Colombo ficou com o Fluminense em 1919, tudo indica que a Taça Municipal foi o único troféu oficial entregue pela LMDT aos campeões de 1920 (Flamengo), 1921 (Flamengo), 1922 (America), 1923 (Vasco) e 1924 (Vasco).

Em 1924, o Rio teve dois campeonatos. O Vasco, campeão pela LMDT, recebeu a Taça Municipal. O Fluminense, campeão do primeiro campeonato organizado pela Associação Metropolitana de Esportes Athléticos (AMEA), recebeu a Taça AMEA.

Mesmo com o campeonato da AMEA sendo o principal da cidade, a LMDT seguiu organizando seus campeonatos e entregando aos seus campeões a Taça Municipal. Em 1925, o campeão foi o Engenho de Dentro. Em 1932, o S.C. Boa Vista foi seu último campeão. O paradeiro atual da taça é desconhecido.

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O time do Fluminense, campeão carioca de 1908, com as taças Colombo e Municipal. Novamente campeão em 1909, o Fluminense passaria os dois troféus em 1910 ao Botafogo, quando a equipe alvinegra conquistou o campeonato

 

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No detalhe a Taça Colombo, à esquerda, e a Taça Municipal, à direita.

A Taça AMEA, o troféu de 1924 a 1934

A partir de 1924, a AMEA passou a entregar a Taça AMEA, que da mesma forma que a Taça Colombo, seria de posse transitória até que um clube conquistasse um tricampeonato. O Fluminense deteve a taça apenas na conquista do título de 1924 e sua posse definitiva ficou com o Botafogo pelos títulos de 1932, 33 e 34.

Este post foi escrito em parceria com os historiadores Jorge Priori e Auriel de Almeida. Uma versão com mais informações sobre as premiações oficiais do Campeonato Carioca está disponível no blog Historiadores dos Esportes.

Histórico contra os adversários na Florida Cup

O Fluminense jogou poucas vezes contra PSV Eindhoven e Barcelona de Guaiaquil, seus adversários na Florida Cup, torneio que abre a temporada de 2018. E pelo menos até aqui pode afirmar que nunca perdeu.

Contra o PSV houve apenas um confronto. Foi pelo Torneio de Amsterdam de 1991, competição que reuniu ainda Ajax e Sampdoria. Na primeira rodada do torneio o Fluminense foi facilmente derrotado pelo Ajax por 3×0. No jogo seguinte, seu último compromisso na competição, o Tricolor enfrentou justamente o PSV onde se destacavam Romário e o zagueiro Ronald Koeman.

Os melhores momentos dessa partida estão no vídeo abaixo:

Curiosidades do vídeo:

1) Um raro gol de falta de Ézio. Talvez seu único pelo Fluminense.

2) O primeiro gol de Romário contra o Fluminense. Quatro anos depois, na decisão do Campeonato Carioca de 1995, ele faria o primeiro em uma competição oficial.

3) A torcida local aparentemente torce pelo Fluminense. Talvez pela rivalidade entre Ajax e PSV, talvez pelo fato de que um tropeço do PSV garantiria o título do Ajax.

Com a vitória nos pênaltis o Fluminense ficou em terceiro lugar no torneio. O Ajax foi o campeão.

Contra o Barcelona de Guaiaquil o Fluminense jogou três vezes e venceu as três com facilidade. Foram três amistosos, todos eles jogados na casa do adversário:

22/04/1950 – Fluminense 6 x 4 Barcelona
Estádio George Capwell (Guaiaquil)
Gols: Didi (3), Carlyle, Waldir, Tite

22/04/1956 – Fluminense 5 x 1 Barcelona
Estádio George Capwell (Guaiaquil)
Gols: Alecyr (2), Clóvis, Waldo, Jair Francisco

07/07/1985 – Fluminense 3 x 0 Barcelona – Modelo (Guaiaquil)
Estádio Modelo Alberto Spencer (Guaiaquil)
Gols: Assis (2), Washington

In Memorian (2017)

Este post é uma homenagem aos jogadores do Fluminense que nos deixaram ao longo de 2017.

Gílson Gênio
Gílson Wilson Francisco
20/06/1957 – 28/05/2017 (59 anos)

Gilson

Gílson foi uma das maiores promessas de uma época áurea das divisões de base do clube. Conquistou os títulos de Campeão Carioca Infanto Juvenil em 1974 e 1975, Campeão Carioca Juvenil em 1975 e 1976, da Taça Cidade de Belo Horizonte em 1976, da Taça São Paulo e do Torneio de Nice, na França, em 1977.

Para se ter uma ideia do poderio do time juvenil comandando pelo técnico Pinheiro, entre as temporadas de 1976 e 77 o Fluminense atingiu uma marca de 71 vitórias e 4 derrotas em 93 jogos. Desse time saíram jogadores como Gílson Gênio e seu irmão Gilcimar, Zezé, Arturzinho, Edevaldo, Mário, Robertinho, Tadeu e Deley.

Jogador versátil, o baixinho Gílson atuava na ponta, no comando do ataque e na meia. Estreou no profissional em 1976, aos 18 anos. Na máquina tricolor de Rivellino, Paulo César e companhia, Gílson era um garoto promissor que as vezes entrava no decorrer dos jogos. Disputou sete partidas na campanha do título de 1976. A mais célebre delas, uma vitória por 3×0 sobre o Vasco pelo terceiro turno da competição. Naquele dia o Fluminense com muitos desfalques teve que recorrer à garotada, que deu um verdadeiro baile no time de São Januário.

Seguiu atuando pelo time juvenil e eventualmente entre os profissionais, até que no Campeonato Brasileiro de 1977 conseguiu se firmar. Foi titular em boa parte dos jogos, atuando como centroavante com Cafuringa e Zezé nas pontas. Na curta campanha do Fluminense na competição foi vice-artilheiro do time com 4 gols. Dois a menos que o lateral Marinho Chagas, cobrador de pênaltis e faltas.

Em 1978 jogou ao lado de Pelé no amistoso em que o “Rei” vestiu a camisa do Fluminense, contra o Racca Rovers da Nigéria. Meses depois, com a contratação da badalada dupla Nunes e Fumanchu, perdeu espaço e passou a jogar pouco. Em 1979 foi negociado com o Bahia, encerrando sua passagem como jogador do Fluminense.

Foi ainda técnico das divisões de base do clube por muitos anos e chegou a dirigir interinamente os profissionais em duas ocasiões, a primeira em 2003 e a última em 2009.

 

Cacá
Carlos de Castro Borges
31/08/1932 – 07/06/2017 (84 anos)

Última Hora, Missão 1515-56

O ótimo lateral direito Cacá veio do América para o Fluminense em 1955. Nas Laranjeiras conquistou os títulos do Torneio Início de 1956 e do Rio-São Paulo de 1957. Este último um título muito especial por ter sido o primeiro de um time do Rio de Janeiro na competição. É até hoje também a única conquista invicta da história do certame.

Suas boas atuações pelo Fluminense o levaram a ser convocado em 1958 para a fase de preparação para a Copa do Mundo da Suécia. Logo após a convocação transferiu-se para o Botafogo. Durante os treinamentos desentendeu-se com o técnico Vicente Feola e chegou a pedir dispensa da seleção, inconformado por estar sendo escalado fora de posição. A situação foi contornada mas acabou cortado da lista final de 22 jogadores que foram ao mundial.

 

Duque
David Ferreira
17/05/1926 – 16/07/2017 (91 anos)

Duque foi um treinador de relevância para o futebol brasileiro nas décadas de 1960 e 70. Quando chegou ao Fluminense, em 1973, vinha credenciado por seis títulos pernambucanos dirigindo o Náutico e o Santa Cruz, e por uma boa passagem pelo Corinthians no ano anterior. O Fluminense estava mal. Tinha ficado em sexto lugar na Taça Guanabara, o primeiro turno do campeonato. Duque então resolveu reformular o time. No lugar dos veteranos Denílson e Gérson lançou os “garotos” Pintinho e Kléber. Passou a usar mais efetivamente também os jovens Rubens Galaxe e Marquinhos. Com sangue novo o time deu liga. Mudou da água para o vinho. Conquistou o segundo e o terceiro turno do campeonato e atropelou o Flamengo na decisão com uma vitória por 4×2 que entrou para a história do clube. Duque era também o técnico do Corinthians na semifinal do Campeonato Brasileiro de 1976, de triste lembrança para os tricolores.

Como jogador Duque também teve uma passagem pelas Laranjeiras. Atuava como zagueiro e chegou ao clube em 1952, vindo do Cruzeiro. Durante o período em que esteve no Fluminense quase sempre foi um bom reserva para o lendário Pinheiro. Conquistou os campeonatos de aspirantes de 1953 e 54. Pelo time principal totalizou 70 partidas com a camisa tricolor até ir para o Canto do Rio, em 1956.

Em 2013 foi homenageado pelo Fluminense na festa comemorativa dos 40 anos da conquista do título de 73.

duque

Duque (à esquerda), Emílson Pessanha (ex-jogador e supervisor do Fluminense, ao centro) e o autor deste blog (à direita) na homenagem aos campeões de 1973 realizada em 2013

 

Chiquinho
Francisco Assis da Silva Júnior
06/03/1952 – 24/08/2017 (65 anos)

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O ponta de lança Chiquinho jogou pelo Fluminense no primeiro semestre de 1979 vindo por empréstimo do Botafogo de Salvador. No futebol baiano havia sido vice-campeão estadual e vice-artilheiro do campeonato de 78 atuando pelo modesto Leônico, fato que chamou a atenção dos dirigentes tricolores.

Sua estreia pelo Fluminense foi das mais promissoras. O time jogava contra o Goytacaz no Maracanã, abrindo o Campeonato Carioca Especial, e não conseguia dobrar a retranca do adversário. Chiquinho entrou no segundo tempo e o time deslanchou, saindo de um modorrento empate sem gols para um contundente 4×0. O estreante fez um dos gols, o mais bonito da tarde acertando uma bomba de fora da área, e mudou completamente a cara do time. Sua atuação foi elogiadíssima por toda a imprensa esportiva.

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Atuação de Chiquinho em sua estreia segundo o Jornal dos Sports

Apesar do sucesso na estreia não conseguiu manter uma regularidade e consequentemente não ficou no Fluminense ao final do empréstimo. Fez 16 jogos e marcou 5 gols pelo clube.

 

Alberto
Alberto Pacheco Frazão Pereira
08/10/1935 – 13/09/2017 (81 anos)

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O Fluminense não pôde contar com Castilho no primeiro semestre de 1957. Na ocasião o maior goleiro da história do clube disputou o Campeonato Sul-Americano e as Eliminatórias pela Seleção Brasileira. Quando voltou estava com uma fratura no dedo mínimo. Uma lesão repetida que dessa vez o levaria à decisão extrema de amputar um pedaço do dedo. Nesse ínterim o goleiro Alberto, campeão juvenil em 1955, teve a chance de atuar no time profissional. Participou de diversos amistosos e foi o goleiro titular na estreia do Torneio Rio-São Paulo, contra o América. Alberto ajudou a garantir a vitória magra por 1×0 e os primeiros pontos da campanha que levaria o Fluminense ao título inédito. Para a sequência da competição no entanto o Fluminense preferiu apostar em um goleiro mais experiente e trouxe o paraguaio Victor González, do Vasco. Alberto fez um total de 18 partidas nos profissionais do Fluminense.

 

Índio
Aloysio Soares Braga
22/05/1920 – 05/10/2017 (97 anos)

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Quando faleceu aos 97 anos de idade Índio era o mais antigo jogador do Fluminense ainda vivo. Foi um dos heróis do título do Torneio Municipal de 1948 em cima do “Expresso da Vitória” vascaíno. Leia mais sobre Índio e o título do Municipal neste post.

 

Vânder
Vânder Aparecido Ferreira
26/12/1956 – 11/10/2017 (60 anos)

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O meia Vânder veio por empréstimo do Botafogo de Ribeirão Preto para a disputa do segundo turno do Campeonato Carioca de 1983. Disputou boa parte da Taça Rio suprindo seguidas ausências de Deley e Assis. O momento de maior destaque de sua passagem pelo Fluminense foi em um jogo contra o Volta Redonda, em São Januário, no qual marcou o gol da vitória (ver vídeo abaixo). No entanto o Fluminense que já tinha vaga assegurada na decisão do campeonato por ter conquistado a Taça Guanabara fez uma campanha fraca no returno. Vânder não foi utilizado nos jogos do triangular decisivo no qual o Fluminense conquistou o título estadual e no ano seguinte voltou ao seu clube de origem. Fez 9 jogos pelo Tricolor e marcou um gol.

 

Hércules
Hércules Corrêa Torres
23/03/1940 – 23/12/2017 (77 anos)

Hercules

Zagueiro formado no clube, atuou nas equipes infanto juvenil, juvenil e aspirante. Em 1959 disputou os Jogos Pan-Americanos de Chicago, nos quais o Brasil conquistou a medalha de prata. No entanto teve poucas chances no profissional do Fluminense. Participou apenas de seis jogos entre 1959 e 60. Em 1961 foi para o Madureira.

 

A linda foto de Gílson Gênio que ilustra o post é de Marcelo Tabach e foi originalmente publicada no site Museu da Pelada.

 

As Laranjeiras Imortais

Quantos clubes no Brasil tem um campo de futebol no mesmo local há 113 anos? É bem possível que apenas um: o Fluminense. Considera-se a inauguração do Estádio das Laranjeiras, atualmente Estádio Manoel Schwartz, como tendo ocorrido em 1919, quando foram construídas arquibancadas ao redor de todo o gramado, mas o campo do Fluminense sempre foi naquele local. Desde o primeiro jogo “em casa”, em 1904. Trata-se de um estádio com inestimável valor histórico, onde o futebol brasileiro deu seus primeiros passos e onde a Seleção Brasileira fez sua primeira partida.

CRONOLOGIA DO ESTÁDIO:

Ainda em 1902, ano da fundação do clube, o Fluminense alugou ao Banco da República o terreno para construir seu campo de futebol. O terreno ficava na Rua Guanabara, que viraria Rua Pinheiro Machado em 1915. Em razão disso, por muitos anos o campo do Fluminense ficou popularmente conhecido como campo da Rua Guanabara.

Em 1903 foi realizado o nivelamento do terreno. Para cortar a grama o clube importou da Inglaterra máquinas de tração animal. As máquinas eram puxadas pelo célebre burro Faísca, que usava luvas nas patas para não danificar o gramado.

Em 14 de Agosto de 1904 o campo foi finalmente inaugurado. 996 pessoas pagaram ingresso para ver o jogo entre Fluminense e Paulistano. Os paulistas levaram a melhor, vencendo por 3×0.

Em 1905 foi construída a primeira arquibancada, na lateral do campo onde hoje se encontra a social. Além disso, a humilde casinha que ficava atrás de um dos gols e servia como sede do clube foi demolida e em seu lugar foi construída uma mais ampla.

Arquibancada1905

Primeira arquibancada do Fluminense, construída em 1905

FFC1905

Detalhe da belíssima arquibancada de 1905. As iniciais FFC aparecem entrelaçadas de uma forma diferente do escudo

Sede1905

A sede erguida em 1905, atrás do gol oposto à Rua Pinheiro Machado

Entre 1905 e 1915 nossa casa era assim: em uma das laterais do campo havia uma pequena arquibancada que sequer ocupava toda a sua extensão. No restante do gramado havia apenas uma cerca, atrás da qual o público assistia aos jogos de pé. Ainda assim era o principal campo da Capital Federal. E não por acaso, foi aí que a Seleção Brasileira fez seu primeiro jogo. No dia 21 de Julho de 1914, aniversário do clube, a Seleção enfrentou os profissionais do Exeter City, da Inglaterra. Oswaldo Gomes do Fluminense abriu o marcador para os brasileiros, eternizando-se como o primeiro goleador da Seleção, e Osman, do América, deu números finais ao placar: 2×0.

Brasil x Exeter 1914

Brasil 2 x 0 Exeter, em 1914. Na lateral próxima ao Palácio Guanabara e atrás do gol da Rua Pinheiro Machado há apenas uma cerca

campo

Campo do Fluminense entre 1905 e 1915. À esquerda é possível ver a sombra da primeira arquibancada. O restante do gramado é apenas cercado

O interesse pelo futebol era cada vez maior e em 1915 o Fluminense ampliou suas dependências. A arquibancada lateral foi ampliada em 24 metros, tomando quase toda a extensão do campo, e gerais de madeira foram construídas na lateral oposta e atrás dos gols. O campo passou a ter a capacidade de 5.000 espectadores. A casa/sede atrás do gol foi novamente substituída por uma mais moderna.

Arquibancada1915

Arquibancada com as ampliações laterais feitas em 1915

Sede1915

A bonita sede construída em 1915, atrás do gol

Em 1917 o Brasil foi escolhido pela Confederação Sul-Americana de Futebol como sede do terceiro Campeonato Sul-Americano de Seleções (atual Copa América) que seria disputado no ano seguinte. Sem ter a estrutura necessária nem capacidade para erguê-la, a CBD pede ajuda ao Fluminense. Tendo a frente a extraordinária figura de seu presidente Arnaldo Guinle o Fluminense aceita o desafio e em 1918 inicia a construção do estádio.

O Campeonato Sul-Americano de 1918 acabou sendo adiado para 1919 devido à pandemia de gripe espanhola que assolou o mundo naquele ano matando milhões de pessoas. Em meio a tudo isso o Fluminense tinha um campeonato para jogar. Campeão em 1917 e lutando portanto pelo bicampeonato o Tricolor ficou sem seu campo logo nas primeiras rodadas, devido as obras de construção do estádio. Sem casa, jogando nos campos do Botafogo e do Flamengo, o Fluminense se deu ao luxo de conquistar o título com uma rodada de antecedência. Com medo da gripe, abriu mão do último jogo, perdendo por WO para o modesto Carioca, fato raríssimo na história do clube que só se repetiria em 1986.

Em 1919 a aventura de construir o primeiro estádio do país com arquibancadas ao redor de todo o campo estava completa. Sem um único centavo de financiamento público, levantando fundos apenas através de empréstimos bancários contraídos por Arnaldo Guinle e de um livro de ouro que correu entre os sócios. Curiosamente a belíssima arquibancada usada entre 1905 e 1917 foi desmontada e vendida ao Sport Recife, sendo usada por aquele clube por mais alguns anos.

A inauguração do estádio das Laranjeiras aconteceu no dia 11 de Maio de 1919. Abrindo o Campeonato Sul-Americano a Seleção Brasileira goleou a chilena por 6×0. Todos os jogos da competição foram nas Laranjeiras. Um estrondoso sucesso, levando o futebol a um nível de popularidade inimaginável até então. Com três atletas do Fluminense, Marcos, Fortes e Laís, o Brasil conquistou a América pela primeira vez.

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Visão do estádio construído em 1919, considerado o primeiro do país, e que existiu apenas até 1922

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Arquibancada de 1919

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Detalhe da arquibancada de 1919. Atrás dos gols havia uma pequena cobertura

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18/5/1919 – Brasil 3 x 1 Argentina (Campeonato Sul-Americano)

Ainda em 1919, mais precisamente no dia 21 de Dezembro, o Fluminense levantaria o tricampeonato vencendo o Flamengo nas Laranjeiras por 4×0. Um jogo histórico que atraiu uma multidão impressionante para os padrões da época ao estádio do Flu.

Em 18 de Novembro de 1920 foi inaugurada a majestosa sede social do clube, colada nas arquibancadas sociais.

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Sede social inaugurada em 1920

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Visão panorâmica do estádio de 1919 já com a sede inaugurada em 1920

Para o ano de 1922 estavam previstos dois novos eventos esportivos de grande importância. Para celebrar o centenário da Independência do Brasil seriam realizados os Jogos Olímpicos Latino-Americanos. Além disso o país sediaria uma nova edição do Campeonato Sul-Americano de Futebol. O governo brasileiro e a CBD mais uma vez tiveram que recorrer ao Fluminense, a maior organização desportiva do país. O estádio construído em 1919 seria pequeno para as competições que estavam por vir e seria necessário ampliá-lo.

A arquibancada construída apenas três anos antes foi então demolida. Somente a social foi mantida e ampliada para as laterais, passando a ocupar toda a extensão do campo. Uma nova arquibancada, de dois andares, foi erguida no lugar da antiga, fechando o anel em torno do campo.

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Visão panorâmica do estádio de 1922

Os eventos esportivos foram mais uma vez realizados com grande sucesso. Por coincidência a inauguração do novo estádio ocorreu novamente em um confronto entre Brasil e Chile abrindo o Sul-Americano. O resultado foi um empate por 1×1. Desta vez contando com cinco jogadores do Fluminense no elenco (os mesmos Marcos, Fortes e Laís de 1919, e mais Chico Netto e Zezé) o Brasil conquistou o Sul-Americano pela segunda vez.

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Campeonato Sul-Americano de 1922

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Jogos Olímpicos Latino-Americanos de 1922

O Fluminense recebeu amplo reconhecimento do Comitê Olímpico Internacional pelos serviços prestados ao esporte na organização dos Jogos Latino-Americanos.

Carta Baillet Latour

Carta enviada pelo Conde Henri de Baillet-Latour, membro do Comitê Olímpico Internacional, ao presidente do Fluminense Arnaldo Guinle, congratulando-o pela realização dos Jogos Latino-Americanos de 1922. O belga Latour viria a ser Presidente do COI no período de 1925 a 1942.

Em 1928 foram inaugurados os refletores do estádio. A primeira partida noturna ocorreu no dia 21 de Junho. Um amistoso entre a Seleção Carioca e o Motherwell, da Escócia, que terminou empatado em 1×1. Mais ou menos nessa época o estádio recebeu a visita de importantes clubes europeus como Chelsea, Sporting e Ferencvaros, em suas excursões pela América do Sul.

Nas décadas seguintes o Estádio das Laranjeiras continuou sendo o palco principal dos jogos do Fluminense, mas com a inauguração do Maracanã, em 1950, passou a ser utilizado apenas para os jogos de menor porte.

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Em 1959 o “English Team” treina nas Laranjeiras para enfrentar o Brasil (Foto: Ultima Hora)

Em 1961, após longa negociação com o Governo do Estado da Guanabara, a área onde se localizavam as arquibancadas atrás do gol da Rua Pinheiro Machado foi desapropriada para que a rua fosse alargada. O estádio sofreu uma significativa mutilação perdendo sua fachada, suas bilheterias originais e as arquibancadas que formavam um anel completo passaram a ter o formato de ferradura. Pela desapropriação o Fluminense recebeu uma indenização de 50 milhões de cruzeiros e mais o terreno na esquina das ruas Pinheiro Machado e Álvaro Chaves, onde hoje se encontra o parquinho do clube. Para se ter uma ordem de grandeza, naquele mesmo ano o clube vendeu o centroavante Waldo para o Valencia da Espanha por cerca de 20 milhões. No dia 21 de Dezembro de 1961 a demolição foi iniciada.

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Diário de Notícias, 22/12/1961

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Início da demolição da arquibancada (Foto: Revista do Fluminense)

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A fachada do estádio que foi demolida em 1961

Um jogo trágico contra o Olaria na noite de 22 de Julho de 1970 marcou o fim de mais uma era para o estádio. Em campo o Fluminense foi derrotado por 1×0, perdendo pontos preciosos para a disputa do título carioca daquele ano (O Vasco foi campeão um ponto à frente do Flu). Fora de campo o ex-diretor de futebol José Herculano sofreu um enfarto durante o segundo tempo, quando o Fluminense pressionava em busca do empate, e veio a falecer. Após este jogo o clube ficou longos anos sem utilizar o estádio para jogos oficiais. Em um período de quase 16 anos até ele voltar a ser utilizado regularmente em 1986, apenas um inexpressivo amistoso contra a Seleção do Kuwait foi realizado em 1980 (vitória tricolor por 3×0).

No dia 2 de Fevereiro de 1986 o estádio foi reaberto com um amistoso festivo entre Fluminense e São Paulo. Um tira-teima entre os campeões carioca e paulista do ano anterior cujo resultado foi um empate por 2×2. Abria-se uma nova fase para o estádio, que voltou a ser usado com frequência, em alguns momentos até mais que o Maracanã.

Entre 1986 e 2003, quando foi utilizado pela última vez, o Fluminense realizou 196 jogos no Estádio das Laranjeiras, vencendo 117, empatando 51 e perdendo 28. O artilheiro Ézio foi provavelmente a figura mais marcante desta fase do estádio com 44 gols marcados.

No dia 20 de Julho de 2014 foi realizado um jogo festivo entre uma equipe sub-23 do Fluminense e o Exeter City, para celebrar o centenário do primeiro jogo da Seleção Brasileira.

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20/7/2014 – Fluminense (Sub-23) 0 x 0 Exeter City. Centenário do primeiro jogo da Seleção (Foto: globoesporte.com)

Atualmente o estádio das Laranjeiras é utilizado basicamente para jogos de divisões de base e de futebol americano.

TÍTULOS CONQUISTADOS PELO FLUMINENSE NAS LARANJEIRAS

Foram 18 os títulos conquistados pelo Fluminense sendo decididos nas Laranjeiras. Abaixo a relação dos jogos decisivos.

27/10/1907 Fluminense 2 x 0 Paysandu Campeonato Carioca
04/10/1908 Fluminense 6 x 1 Paysandu Campeonato Carioca
10/09/1911 Fluminense 5 x 0 Rio Cricket Campeonato Carioca
16/04/1916 Fluminense 1 x 0 América Torneio Início
21/12/1919 Fluminense 4 x 0 Flamengo Campeonato Carioca
27/04/1924 Fluminense 1 x 0 Flamengo Torneio Início
12/10/1924 Fluminense 7 x 0 Brasil Campeonato Carioca
19/04/1925 Fluminense 1 x 0 São Cristóvão Torneio Início
24/04/1927 Fluminense 2 x 0 São Cristóvão Torneio Início
14/07/1935 Fluminense 3 x 1 América Torneio Aberto
27/12/1936 Fluminense 1 x 1 Flamengo Campeonato Carioca
06/08/1938 Fluminense 6 x 0 Bonsucesso Torneio Municipal
30/12/1938 Fluminense 2 x 2 América Campeonato Carioca
14/04/1940 Fluminense 0 x 0 São Cristóvão(*) Torneio Início
28/03/1943 Fluminense 4 x 1 Madureira Torneio Início
09/07/1952 Fluminense 3 x 2 Cruzeiro Torneio José de Paula Júnior
29/09/1991 Fluminense 0 x 0 América Taça Guanabara
10/04/1993 Fluminense 1 x 0 Volta Redonda Taça Guanabara

(*) O Fluminense venceu no desempate por número de escanteios.

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Taça Guanabara de 1993, último título do Fluminense nas Laranjeiras (Foto: Jornal dos Sports)

 

ESTATÍSTICAS, RECORDES E CURIOSIDADES

Todos os jogos do Fluminense em Laranjeiras:

quadro de jogos

Jogadores que mais atuaram pelo Fluminense nas Laranjeiras:
1. Brant – 119 (1933-1941)
2. Ivan Mariz – 115 (1928-1939)
2. Batatais – 115 (1935-1946)
4. Fortes – 107 (1917-1930)
4. Russo – 107 (1933-1944)
6. Oswaldo Gomes – 97 (1906-1921)
7. Preguinho – 92 (1925-1938)
7. Castilho – 92 (1947-1965)
9. Alfredinho – 87 (1926-1932, 1937)
10. Romeu Pellicciari – 84 (1935-1942)
10. Machado – 84 (1935-1942)

Brant

Brant, o jogador que mais atuou pelo Flu nas Laranjeiras

Maiores artilheiros do Fluminense nas Laranjeiras:
1. Preguinho(*) – 78 (1925-1938)
2. Russo – 74 (1933-1944)
3. Welfare – 71 (1913-1924)
4. Hércules – 60 (1935-1942)
5. Orlando Pingo de Ouro – 49 (1945-1953)
6. Alfredinho – 47 (1926-1932, 1937)
7. Edwin Cox – 44 (1903-1910)
7. Ézio – 44 (1991-1995)
9. Romeu Pellicciari – 42 (1935-1942)
10. Emile Etchegaray – 40 (1903-1910)

(*) Somando os gols marcados pela Seleção Brasileira e pela Seleção Carioca aos 78 marcados pelo Fluminense, é provável que Preguinho tenha algo em torno de 100 gols no estádio.

preguinho

Preguinho, o maior artilheiro do Estádio das Laranjeiras

Maior invencibilidade do Fluminense nas Laranjeiras:
30 jogos, entre Agosto de 1949 e Julho de 1953

Primeiro jogo:
14/08/1904 – Fluminense 0 x 3 Paulistano-SP (Amistoso)

Inauguração do estádio construído em 1919:
11/05/1919 – Brasil 6 x 0 Chile (Campeonato Sul-Americano)

Primeiro jogo do Fluminense no estádio:
13/07/1919 – Fluminense 4 x 1 Vila Isabel (Campeonato Carioca)

Inauguração do estádio ampliado em 1922:
17/09/1922 – Brasil 1 x 1 Chile (Campeonato Sul-Americano)

Primeiro jogo do Fluminense no estádio:
06/05/1923 – Fluminense 3 x 5 Botafogo (Campeonato Carioca)

Último jogo:
26/02/2003 – Fluminense 3 x 3 Americano (Campeonato Carioca)

Maiores goleadas do Fluminense (10 gols ou mais):
09/09/1906 – Fluminense 11 x 0 Football & Athletic (Campeonato Carioca)
05/07/1908 – Fluminense 11 x 0 Riachuelo (Campeonato Carioca)
09/12/1917 – Fluminense 11 x 1 Bangu (Campeonato Carioca)
23/05/1937 – Fluminense 11 x 1 Oceano F.C. (Torneio Aberto)
21/09/1946 – Fluminense 11 x 1 Bangu (Campeonato Carioca)
23/07/1905 – Fluminense 10 x 0 Football & Athletic (Amistoso)
13/06/1909 – Fluminense 10 x 0 Haddock Lobo (Campeonato Carioca)
27/09/1936 – Fluminense 10 x 0 Portuguesa (Campeonato Carioca)
03/05/1908 – Fluminense 10 x 1 Paysandu (Campeonato Carioca)
17/08/1913 – Fluminense 10 x 2 Mangueira (Campeonato Carioca)

Recorde de público:
Era mais ou menos comum na primeira metade do século passado os jornais citarem públicos arrendondados e estimados nas matérias sobre os jogos. Há menções a públicos de até 30.000 pessoas no Estádio das Laranjeiras. Porém o maior público oficialmente registrado no estádio que se tem notícia foi o do Fla-Flu do dia 14 de Junho de 1925, pelo primeiro turno do Campeonato Carioca. Naquele dia 25.748 pessoas pagaram ingresso para ver o Fluminense derrotar seu rival por 3×1 com gols de Fortes, Coelho e Nilo.

Nessa época, além do estádio ainda ter o anel completo de arquibancadas, nos grandes jogos torcedores também eram acomodados dentro do gramado, separados do campo apenas por uma cerca. Dessa forma era possível chegar a públicos de 25 mil pessoas ou mais.

SELEÇÃO BRASILEIRA

Além de sediar o primeiro jogo da Seleção Brasileira, em 1914, o estádio do Fluminense foi palco dos títulos Sul-Americanos de 1919 e 1922, e da Copa Rio Branco de 1931. Em 17 jogos realizados nas Laranjeiras o Brasil nunca perdeu. Foram 12 vitórias e 5 empates.

Brasil Time Campeao 1919

Seleção Brasileira campeã do Sul-Americano de 1919

Haddad

Foto: Bruno Haddad / Fluminense FC

Crédito de imagens: Fluminense Football Club, exceto quando especificado